quinta-feira, outubro 31, 2013

Vamos ao trabalho

O texto que se segue foi publicado na Edição de 25 de Outubro de 2013 do Jornal Notícias de Ourém, o qual constitui a sequência de textos que irão sendo ali publicados e aqui transcritos na íntegra.

"Coluna do Meio
Vamos ao trabalho
No pretérito dia 29 de Setembro, os oureenses ditaram, de uma forma exemplarmente cívica e ordeira (através das urnas), que o MOVE – Movimento Ourém Vivo e Empreendedor, embora não tivesse sido eleito para governar a Câmara, ficasse claramente legitimado como uma alternativa democrática e de cidadania.
Após a divulgação dos resultados do escrutínio eleitoral, o presidente da Câmara agora reeleito, Paulo Fonseca, convidou o MOVE para com ele estabelecer negociações.
No que diz respeito à Câmara Municipal, e como é do conhecimento público, assinou-se, no passado dia 15 do corrente, um “Compromisso de Governabilidade” entre o MOVE e o Partido Socialista, compromisso esse que, contrariamente ao que alguns querem fazer crer, não é uma “Coligação” entre as duas forças políticas, mas apenas e tão-só um compromisso.
Mas, afinal por que razão houve necessidade de se fazer um compromisso de governabilidade para a Câmara Municipal de Ourém? A razão é muito simples: nos termos do nº 1 do Artigo 57º da Lei 169/99, de 18 de Setembro, “é presidente da câmara municipal o primeiro candidato da lista mais votada […]”, acrescentando a alínea e) do nº 2 do mesmo artigo que “para além do presidente, a câmara municipal é composta por seis vereadores nos municípios com mais de 10.000 e até 50.000 eleitores”, como é o caso do município de Ourém. Significa isto que, conhecidos que foram os resultados para a eleição da Câmara Municipal, o Partido Socialista, para além do presidente, elegeu dois vereadores, a Coligação PSD/CDS elegeu três e o MOVE um vereador, pelo que o novo elenco camarário passou a estar distribuído segundo a fórmula 3+3+1. Ora, sabendo nós que nenhuma das forças políticas mais votadas obteve a maioria, a verdade, porém, é que para validar as decisões ou deliberações da Câmara são necessários quatro votos. Depreende-se, pois, daqui a importância do vereador do MOVE no quadro da governabilidade da Câmara Municipal. Mas, chegados a este ponto, é importante também sublinhar que o Partido Socialista poderia ter optado por negociar com a Coligação PSD/CDS, mas não o fez, tendo decidido contactar o MOVE e com ele assinar o designado “Compromisso de Governabilidade”.
Por essa razão, o vereador Vítor Frazão, tal como referido na cerimónia de tomada de posse da passada sexta-feira, reitera, de forma inequívoca, que não será um vereador do Partido Socialista, como de resto de partido nenhum, mas apenas e tão-só o vereador do MOVE – Movimento Ourém Vivo e Empreendedor, que é como quem diz o vereador de todos os oureenses e sempre com a matriz de independente.
Também, e tal como afirmado naquela cerimónia, o vereador Vítor Frazão irá assegurar não só o cumprimento das cláusulas do compromisso publicamente assinado, mas também empenhar-se na defesa do desenvolvimento do concelho de Ourém e do bem-estar das suas gentes. Vítor Frazão referiu ainda que, para se alcançarem os objectivos a que os signatários se propuseram com a assinatura do já referido compromisso, isto é, para o sucesso e êxito do mesmo, urge que o conteúdo de todas as alíneas (que nele estão preceituadas e que, repartidamente, recaem sobre os ombros de ambas as partes) seja cumprido na íntegra. É, neste espírito, que o vereador Vítor Frazão modela toda a sua acção política, predispondo-se, desde já, a trabalhar em prol do nosso concelho. Para tanto, e como é seu apanágio, mais do que tricas e contra-informações, o que os oureenses esperam verdadeiramente é que deitemos todos as mãos ao trabalho.
Nota de Rodapé: sobre a eleição para presidente e secretários da mesa da Assembleia Municipal, falarei oportunamente nesta mesma coluna".

segunda-feira, outubro 21, 2013

Compromisso para o futuro

O texto que se segue foi publicado na Edição de 18 de Outubro de 2013 do Jornal Notícias de Ourém, o qual constitui a sequência de textos que irão sendo ali publicados e aqui transcritos na íntegra.


"Coluna do Meio
Compromisso para o futuro
Trago-vos hoje uma “Coluna do Meio” dividida em duas partes: uma primeira parte, que tem a ver com o agradecimento de Vítor Frazão às muitas centenas (para não dizer milhares) de cidadãos oureenses que aceitaram o repto lançado no passado dia 8 de Junho, e que culminou com o seu apoio ao projecto político do MOVE apresentado nas últimas eleições; por outro lado, uma segunda parte dedicada ao chamado “Compromisso de Governabilidade” entre o MOVE e o PS, assinado na passada terça-feira na Junta de Freguesia de Nossa Senhora da Piedade, Ourém.
1. Agradecimentos. O MOVE e Vítor Frazão têm a honra de agradecer às centenas de mandatários de freguesia que, por todo o concelho, recolheram as assinaturas, mas também a todos os que se dispuseram a assinar, aos membros do Staff que se revelaram incansáveis, às várias estruturas do MOVE, como sejam a Direcção de Campanha, a Comissão de Honra, os mandatários e os conselheiros, e ainda a todos os candidatos, mesmo os não eleitos, quer para a Câmara, quer para a Assembleia Municipal e Assembleias de Freguesia, pela sua disponibilidade, coragem e sentido de entrega e responsabilidade. E, claro, ainda uma palavra de agradecimento para o Povo do concelho de Ourém, incluindo aqueles que não votaram no MOVE e nos seus candidatos.
2. Compromisso de Governabilidade. Por seu lado, foi assinado na passada terça-feira o chamado “Compromisso de Governabilidade”, um documento proposto pelo MOVE ao PS, no qual se elencam um conjunto de pressupostos que o MOVE encara como fundamentais para uma gestão da Câmara Municipal mais serena, competente e determinada. Ao firmar o seu acordo neste documento, o PS comprometeu-se a salvaguardar, nomeadamente, os soberanos interesses dos oureenses, ouvindo para o efeito, e com a regularidade, equidade e humanismo desejáveis, as pretensões de todos os órgãos autárquicos agora eleitos, com especial incidência para as Juntas de Freguesia. Mais: o executivo municipal deverá ainda providenciar para que as propostas apresentadas pelo MOVE na campanha eleitoral sejam tidas em conta, para efeitos de execução prática das mesmas. Para além disso, o compromisso agora assinado é claro em matéria de relacionamento entre o executivo e o vereador do MOVE, Vítor Frazão: deve-se manter uma relação de reciprocidade ética entre todos os membros do executivo camarário. Vigora ainda o princípio da informação mútua, devendo a Câmara e Vítor Frazão prestar todos os esclarecimentos necessários para uma boa e esclarecida tomada de posição nas matérias em discussão, e que se venham a revelar úteis para os interesses do Povo de Ourém. Nos termos do referido compromisso, há também a garantia de que não será atribuído qualquer pelouro ao vereador Vítor Frazão, poupando-se assim no valor de um vencimento, o que não significa, porém, que o MOVE deixe de beneficiar (à semelhança, aliás, do que acontece com os vereadores a tempo inteiro) do apoio dos quadros técnicos da Câmara Municipal para a preparação dos dossiers, e de um gabinete onde possa realizar o seu trabalho autárquico. Com base nestes e noutros pressupostos, o MOVE e Vítor Frazão votarão, com sentido de responsabilidade, todas as propostas e deliberações que visem o desenvolvimento do concelho de Ourém e o bem-estar da sua população, quaisquer que sejam os seus proponentes, tal como aguarda que as propostas que venha a apresentar tenham igual tratamento. Para tal, os assuntos ou matérias serão votadas no sistema “reunião a reunião” (quer se trate de reuniões ordinárias ou extraordinárias), ou sempre que o vereador do MOVE venha a ser solicitado para o efeito. Finalmente, este “Compromisso para o futuro” vigorará durante os próximos quatro anos, e, por efeitos da “escola autárquica” que o MOVE pretende criar, aplicar-se-á independentemente do vereador do MOVE que estiver, no futuro, na Câmara Municipal".

domingo, outubro 20, 2013

Compromisso de Governabilidade da Câmara Municipal de Ourém

Compromisso de Governabilidade celebrado entre o MOVE - Movimento Ourém Vivo e Empreendedor e o Partido Socialista, assinado no passado dia 15 de Outubro, e que visa assegurar uma gestão do executivo camarário que responda aos problemas dos oureenses e contribua para o desenvolvimento sustentado de todo o concelho de Ourém:
"Os resultados das eleições do passado dia 29 de Setembro alteraram a habitual matriz da composição do executivo da Câmara Municipal de Ourém.
O novo espectro do elenco camarário apresenta a seguinte composição:
- 3 membros do Partido Socialista – o partido mais votado e reeleito
- 3 membros da Coligação “ Ourém sempre”
- 1 membro do “ MOVE – Movimento Ourém Vivo e Empreendedor”
Neste contexto, o “ MOVE – Movimento Ourém Vivo e Empreendedor”, como alternativa autárquica, foi convidado pelo Presidente reeleito para assegurar “ a Governabilidade da Câmara Municipal de Ourém” ao longo do mandato de 2013-2017.
Com elevado sentido cívico e de responsabilidade democrática, o “MOVE – Movimento Ourém Vivo e Empreendedor”, por intermédio do seu Vereador VITOR FRAZÃO, aceita garantir a governabilidade da Câmara Municipal de Ourém desde que se respeitem os seguintes pressupostos:
1º que, sejam salvaguardados, com equidade e humanismo, os soberanos interesses dos Oureenses, nomeadamente, que sejam escutadas, com regularidade, as pretensões de todos os órgãos autárquicos agora eleitos, com realce para as Juntas de Freguesia;
2º que, ao longo deste mandato se respeitem e executem - após conciliação com os restantes programas – as propostas apresentadas, aquando campanha eleitoral, pelo “MOVE – Movimento Ourém Vivo e Empreendedor”;
NOTA IMPORTANTE: Para o efeito, o “MOVE – Movimento Ourém Vivo e Empreendedor” compromete-se, a curto prazo, a elencar e a apresentar as ações, medidas e obras que pretende sejam tidas em conta pelo presente executivo, no decorrer deste mandato;
3º que, seja mantida uma ética colaboração entre a Presidência e restantes Vereadores em regime de permanência com o Vereador do “MOVE- Movimento Ourém Vivo e Empreendedor” VITOR FRAZÃO, comprometendo-se este a praticar a reciprocidade;
4º que, o Vereador VITOR FRAZÂO exige ser informado, atempadamente, de todas as decisões que venham a ser necessárias tomar em reunião de Câmara ou fora dela e a ser célere e responsável na sua resposta;
5º que, o Vereador VITOR FRAZÃO, retirando-se, temporariamente, do projeto empresarial que até agora liderava, desempenha as suas funções, sem atribuição de Pelouros, economizando a favor do erário camarário, à exceção das senhas de presença nas reuniões, as despesas inerentes ao vencimento dum Vereador;
6º que, o Vereador VITOR FRAZÃO, visando criar escola autárquica e de cidadania, cederá, em tempo oportuno, o seu lugar a outro elemento do “MOVE – Movimento Ourém Vivo e Empreendedor” alistado na candidatura à Câmara Municipal;
7º que, o Vereador VITOR FRAZÃO, beneficie, à semelhança dos Vereadores a tempo inteiro:
a) duma equipa constituída por elementos dos Quadros da Câmara Municipal que prepare os dossiers a agendar para as reuniões de Câmara;
b) dum gabinete onde possa reunir, analisar e estudar todos os dossiers de âmbito camarário, de modo a sustentar e fundamentar as suas decisões e votações, sem prejuízo de poder contra propor;
8º que, sejam facultados todos e quaisquer elementos que venham a ser solicitados por iniciativa própria do Vereador VITOR FRAZÃO - para além dos que se referem aos processos agendados para análise nas reuniões de Câmara - com vista a fundamentar propostas a apresentar;
9º que, o Vereador VITOR FRAZÃO votará, com sentido de responsabilidade, todas as propostas/deliberações que visem o desenvolvimento do Município e o bem-estar da sua população, independentemente dos seus proponentes, tal como aguarda que as propostas do “MOVE – Movimento Ourém Vivo e Empreendedor” tenham igual tratamento;
10º que, o Vereador VITOR FRAZÃO votará os assuntos ou matérias reunião a reunião (ordinárias ou extraordinárias) ou sempre que vier a ser solicitado para o efeito pelo Exmo. Sr. Presidente da Edilidade;
11º que, este compromisso de governabilidade vigorará independentemente do Vereador do “MOVE – Movimento Ourém Vivo e Empreendedor” que vier, no futuro, a substituir o Vereador VITOR FRAZÃO;
12º que, este compromisso de governabilidade seja assinado, pelas duas partes, em ato público e devidamente divulgado aos Oureenses.

Ourém, 2013.10.15".  

quinta-feira, outubro 17, 2013

HACHIKO, um amigo para sempre!

Esta é uma história baseada em acontecimentos verídicos ocorridos no Japão durante as décadas de 20 e 30 do século passado. Nela se conta a emocionante relação de amizade e carinho entre um cão de raça ´Akita´, uma raça conhecida pela sua lealdade, e o seu dono, um professor universitário de Tóquio. Em 2009 esta história chega ao cinema através de um filme dramático de Lasse Hallström, com Richard Gere e Joan Allen nos principais papéis.

Em 1924, Hidesaburo Ueno, um professor do departamento de agricultura da Universidade de Tóquio, trouxe para esta cidade um cão de raça ´Akita´, uma raça de cães conhecida no Japão por ser extremamente leal ao seu dono. O professor Ueno, um grande amante de cães, baptiza-o com o nome de ´Hachi´ (Hachiko é o diminutivo de Hachi).
Assim, todos os dias de manhã, Hachiko acompanhava o professor desde a sua casa até à estação de comboios de Shibuya, um bairro de Tóquio, e voltava ao final da tarde para esperar pelo seu dono. Para todos aqueles que frequentavam a estação ou trabalhavam por ali, a visão dos dois, que chegavam juntos de manhã e voltavam para casa juntos ao final da tarde, não podia deixar de impressionar todos profundamente. Esta rotina continuou até à primavera do ano seguinte, quando numa tarde de Maio o professor não voltou como era costume. A 21 de Maio de 1925, o professor Ueno sofreu um AVC durante uma reunião do corpo docente na universidade e morreu. Dizem os relatos da altura que, na noite do velório, Hachiko partiu as portas de vidro, entrou na sala e passou a noite deitado ao lado do dono. Ou ainda que, quando chegou a hora de colocar alguns objectos pessoais dentro do caixão, Hachiko saltou lá para dentro e tentou resistir a todas as tentativas para removê-lo.

Depois da morte do professor Ueno, Hachiko foi enviado para casa de familiares do professor em Asakusa, no leste de Tóquio, tendo fugido diversas vezes voltando para a casa em Shibuya. Mais tarde, foi entregue ao ex-jardineiro do professor, uma pessoa que o conhecia desde pequeno, mas o cão fugia e voltava sempre para a casa do professor. Ao perceber que o professor já não vivia lá, Hachiko ia todos os dias à estação de Shibuya, como tinha feito no passado, na esperança de encontrar outra vez o seu dono e amigo. A figura permanente do cão à espera do dono, atraiu a atenção das pessoas. Algumas delas, frequentadoras habituais da estação, já tinham visto Hachiko e o professor indo e vindo diariamente no passado. Percebendo que o cão esperava em vão a vinda do dono, ficaram tocadas e começaram a trazer comida e petiscos para aliviar a sua dor. Durante nove anos seguidos, Hachiko aparecia ao final da tarde na estação, precisamente no momento de desembarque, na esperança de reencontrar o seu dono. Hachiko finalmente começou a ser compreendido pelas pessoas na estação de Shibuya. Uma delas, um aluno do professor Ueno, também ele amante de cães, ao conhecer a história de Hachiko, começou a publicar diversos artigos sobre a lealdade do cão em jornais locais. Mais tarde, a história chegou a um grande jornal nacional, todo o povo japonês ficou a saber e o cão tornou-se uma celebridade. A sua dedicação à memória do dono impressionou toda a gente. Pais e professores usavam Hachiko como exemplo para educar as crianças. Porém, a fama repentina de Hachiko pouca diferença fez na sua vida. Continuou exactamente a ser da mesma maneira. Todos os dias partia para a estação e esperava lá pelo professor para regressarem juntos a casa. Em 1929, Hachiko contraiu uma caso de sarna que quase o matou. Devido aos anos passados nas ruas, começou a ficar magro e com feridas das lutas com outros cães. Uma das orelhas já não se punha de pé. Entretanto envelheceu, tornou-se muito fraco e sofria de ´dirofilariose´, um verme que ataca o coração.


Na madrugada do dia 8 de Março de 1934, com a idade de 11 anos, Hachiko morreu na estação de comboios, depois de 9 anos e dez meses de espera. A morte de Hachiko apareceu nas capas dos principais jornais do país, o que deixou muita gente inconsolável. Um dia de luto foi decretado. Os seus ossos estão sepultados ao lado do professor Ueno, no cemitério de Aoyama, em Tóquio. A sua pele foi preservada, servindo para embalsamar uma figura de Hachiko que pode ser observada no Museu Nacional de Ciências em Ueno, Tóquio.
A 21 de Abril de 1934, uma estátua de bronze de Hachiko, esculpida pelo famoso escultor Tern Ando, foi erguida em frente da bilheteira da estação de Shibuya, com um poema gravado em cartaz intitulado “Linhas para um cão leal”.

A cerimónia de inauguração foi um grande acontecimento, com a participação do neto do Professor Ueno e uma grande multidão de pessoas. Pelo país fora a fama de Hachiko espalhou-se e a raça ´Akita´ cresceu. Porém, mais tarde, a figura e a lenda de Hachiko foi distorcida e usada como símbolo de lealdade ao Estado, aparecendo em propaganda que difundia o fanatismo nacionalista que acabaram por conduzir o país à 2ª Guerra Sino-Japonesa, no final da década de trinta, e também à 2ª Guerra Mundial. Lamentavelmente, a primeira estátua foi removida e derretida para contribuir no chamado “esforço de guerra”, isto é, na produção de armamento durante a 2ª Guerra Mundial, em Abril de 1944. No entanto, em 1948, uma réplica foi feita pelo filho do escultor original, Takeshi Ando, e reintegrada no espaço original da anterior, numa cerimónia em 15 de Agosto. Esta é a estátua que está hoje na estação de Shibuya, e é um ponto de encontro extremamente famoso e popular. Todos os anos, no dia 8 de Abril, é realizada uma cerimónia solene em homenagem à história do cão leal. A lealdade dos cães de raça ´Akita´ já era conhecida pelo povo japonês há muito tempo. Em algumas regiões do Japão, são incontáveis as histórias de cães desta raça que perderam as suas vidas ao defenderem a vida dos seus proprietários. Onde quer que estejam estes cães têm sempre um “dos olhos” voltados para aqueles que deles cuidam. Por causa disso, o cão de raça ´Akita´ tornou-se património nacional do povo japonês, tendo sido proibida a sua exportação. Se algum proprietário não tiver condições financeiras para manter o seu ´Akita´, o Estado assume a sua guarda.

A.P.


Cartaz do filme

segunda-feira, outubro 14, 2013

Malala, um exemplo de coragem!


Malala Yousafzai, nasceu em Mingora, uma localidade no norte do Paquistão, situada no chamado Vale do Swat, a 12 de Julho de 1997. Aos 13 anos alcançou a notoriedade ao escrever um blog para a BBC sob o nome de Gul Makai, no qual defendia, entre outras coisas, o direito à educação das crianças no Paquistão.
Para quem não sabe, em países como o Paquistão, o Afeganistão ou o Sudão, por exemplo, as escolas são bastante diferentes daquelas a que estamos habituados a ver no chamado mundo civilizado, especialmente se estiverem situadas em zonas controladas por ´talibãs´.  Nestas zonas, as verdadeiras escolas são arrasadas à bomba e substituídas por umas coisas com o nome fantástico de ´Madrassas´. Aqui, o ensino das ciências, da matemática ou de qualquer outra coisa, é substituído pelo ensinamento do Corão na sua vertente mais radical. É aqui que começa a lavagem cerebral das crianças, onde se incute o ódio e o fanatismo religioso, perpetrados por uma bicharada que ainda vive na idade da pedra, e que tem como objectivo supremo combater os “infiéis”, implementar a “sharia” nestes países e conquistar o resto do mundo. Enfim, ao que chega o delírio destes imbecis!
Na tarde de 9 de Outubro do ano passado, Malala e mais um pequeno grupo de raparigas regressavam a casa numa pequena carrinha vindas da escola, quando subitamente foram atacadas por dois ´talibãs´. Malala, foi barbaramente atingida com uma bala na cabeça. Outras duas estudantes também foram feridas neste acto selvagem. Malala, em pior estado, foi evacuada de helicóptero para um hospital militar em Rawalpindi, onde foi operada.
O ataque foi condenado pela comunidade internacional, através de figuras tão díspares como, por exemplo: Asif Ali Zardari, presidente do Paquistão, Susan Rice, diplomata norte-americana, Desmond Tutu, Ban Ki-Moon, Barack Obama, Hillary Clinton, Laura Bush ou Madonna. Do presidente da Comissão Europeia, o nosso Barroso, não tenho conhecimento que tenha feito alguma referência ao caso…
A 15 de Outubro, Malala foi transferida para o hospital Queen Elizabeth em Birmingham, Inglaterra, para continuar a sua recuperação. Após quase 3 meses de internamento, Malala deixa finalmente o hospital a 4 de Janeiro deste ano.
No dia 12 de Julho, dia do seu 16º aniversário, Malala discursa na Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque, onde é ovacionada de pé. No seu discurso volta a vincar os seus ideais de paz e a sua luta pela educação das raparigas. Torna-se um ícone para todos aqueles que querem ultrapassar a violência e a intolerância.
[…] “Vamos pegar nos nossos livros e canetas. Elas são as nossas armas mais poderosas. Uma criança, um professor, um livro e uma caneta, podem mudar o mundo. A educação é a única solução.” […]
Esta foi a sua primeira aparição pública depois do ataque.
A 3 de Setembro, inaugurou em Birmingham a maior biblioteca pública da Europa.
A 10 de Outubro, foi galardoada com o Prémio Sakharov atribuído pelo Parlamento Europeu.
Na mesma altura, foi nomeada para o Nobel da Paz, galardão que não viria a receber como se sabe, mas que ela achava ainda não merecer, pois ainda não tinha feito o suficiente.

Na passada sexta-feira, dia 11, foi recebida por Barack Obama na Casa Branca. Antes do
fim do ano será recebida por Isabel II, rainha de Inglaterra.


Alguns prémios e honrarias:
- Prémio Nacional da Paz da Juventude (2011)
- Prémio Sitara e Shujjat – Prémio Coragem, terceira maior distinção no Paquistão (2012)
- Revista Foreign Policy – Lista Top 100 para pensadores globais (2012)
- Revista Time – Lista das pessoas mais influentes (2012)
- Prémio Madre Teresa para a Justiça Social (2012)
- Prémio Romano pela Paz e Acção Humanitária (2012)
- Prémio Simone de Beauvoir (2013)
- Prémio Fred e Anne Jarvis da União Nacional dos Professores do Reino Unido (2013)
- Prémio Internacional da Catalunya (2013)
- Prémio Anna Politkovskaya (2013)


Autobiografia publicada em Outubro 2013
Penso que não ficaria nada mal ao Presidente da República, pessoa que gosta tanto de condecorar os “amigos”, convidar esta criança a vir ao nosso país, aproveitando até o facto de estarmos em tempo de escola, e dá-la a conhecer às nossas crianças, levando-a a visitar uma escola ou uma instituição de apoio a crianças. Esta história recorda-me o ano de 2005, quando Jorge Sampaio era Presidente da República, e aproveitou a vinda a Portugal da banda irlandesa U2 para os condecorar, nomeadamente o seu líder e vocalista, Bono, com a Ordem da Liberdade, pelas suas acções humanitárias em todo o mundo. O problema é que Cavaco não é Sampaio, e na sua imensa cobardia prefere não se meter nestas coisas, talvez por temer represálias dos fundamentalistas islâmicos…


A.P.

Pós-eleições (Parte 2)

O texto que se segue foi publicado na Edição de 11 de Outubro de 2013 do Jornal Notícias de Ourém, o qual constitui a sequência de textos que irão sendo ali publicados e aqui transcritos na íntegra.


"Coluna do Meio
Pós-eleições (Parte 2)
Ao terminar o texto da semana passada desta “Coluna do Meio” com a ideia de que era impensável para muitos, até aqui há bem pouco tempo, que o MOVE – Movimento Ourém Vivo e Empreendedor iria conseguir implantar-se e criar raízes no concelho de Ourém, mal poderia eu imaginar que a recontagem dos votos, nomeadamente ao nível da Assembleia de Freguesia de Nossa Senhora da Piedade, viria a revelar um resultado eleitoral bem diferente daquele que havia sido inicialmente vaticinado, e que atribuía sete mandatos ao Partido Socialista, cinco mandatos à Coligação Ourém Sempre e um mandato ao MOVE.
Pois bem, após a referida recontagem de votos, o Partido Socialista perdeu um mandato, passando a ter seis, a Coligação Ourém Sempre subiu um, ficando também com seis, sendo que o MOVE manteve o mandato que já tinha.
Ora, na prática isto significa que o MOVE não só conseguiu eleger um mandato para a Assembleia de Freguesia de Nossa Senhora da Piedade, como também o seu mandato é agora uma espécie de “fiel da balança”, posto que num dos pratos temos o Partido Socialista com seis mandatos e, no outro, a Coligação Ourém Sempre com igual número.
Embora o número de mandatos seja diferente na eleição para a Câmara Municipal, o cenário político ou de governabilidade é, porém, o mesmíssimo, isto porque houve também um empate entre o número de mandatos obtidos pelo Partido Socialista (três) e pela Coligação Ourém Sempre (três), elegendo o MOVE, desta feita, o mandato remanescente.
Estes resultados colocam-nos perante uma evidência de que já venho falando há algum tempo e que não podemos escamotear: o MOVE não era e não é um “epifenómeno”, é antes uma realidade que se consolidou no concelho de Ourém e que o Povo sufragou no passado dia 29 de Setembro.
E é importante recordar aqui que o MOVE partiu para estas eleições numa posição de clara desvantagem em relação aos partidos políticos: do zero e com, praticamente, apenas seis meses para pôr de pé a campanha eleitoral, o MOVE não baixou os braços à luta e foi para o terreno, com os seus parcos recursos, disseminar a sua mensagem política e os seus propósitos ou objectivos eleitorais.
Em resposta ao apelo formulado pelo MOVE, a população do concelho de Ourém reconheceu este esforço enorme, votou expressivamente no Movimento Ourém Vivo e Empreendedor (cerca de 2.700 votos, quer para a Câmara, quer para a Assembleia Municipal não é, com certeza, coisa pouca), para além de ter ainda mostrado claramente que cada vez mais as pessoas começam a olhar para os movimentos independentes de cidadãos, já não como simples organizações constituídas apenas por gente “ressabiada” ou como meros “apêndices” dos partidos, mas antes como uma alternativa séria e credível a esses mesmos partidos políticos.
Por tudo isto e quando disse, no texto de há uma semana atrás, que os dados estavam lançados e havia que tirar as devidas ilações, mais não foi minha intenção senão dizer-vos isto mesmo: que o MOVE é já um movimento consolidado no nosso concelho, que temos todos de respeitar a decisão do Povo, que é – como todos sabemos – soberano nas decisões que toma, e que agora iremos, eu próprio e o MOVE, trabalhar afincadamente em benefício do concelho e do Povo de Ourém.
Confirma-se agora o que escrevi, noutra banda e a dada altura da campanha eleitoral: que não me parecia que viesse daí algum mal ao mundo o facto de um grupo de cidadãos se ter juntado para participar num projecto político alternativo de cidadania, pela primeira vez em Ourém! De facto, o Povo votou e comprovou este presságio. Ourém só tem a ganhar com isso".

terça-feira, outubro 08, 2013

Pós-eleições

O texto que se segue foi publicado na Edição de 4 de Outubro de 2013 do Jornal Notícias de Ourém, o qual constitui a sequência de textos que irão sendo ali publicados e aqui transcritos na íntegra.


"Coluna do Meio
Pós-eleições
No rescaldo das eleições autárquicas, é tempo de felicitar todos os candidatos aos diversos órgãos da autarquia oureense, não só os ganhadores, como ainda todos aqueles e aquelas que, embora não ganhando, quiseram dignificar este acto eleitoral com a sua participação, o seu trabalho e o seu dinamismo. Todos estão, por isso, de parabéns.
Permitam-me que deixe aqui uma palavra de apreço e agradecimento a todos quantos tornaram possível a minha candidatura à Assembleia de Freguesia de Nossa Senhora da Piedade, a começar pelo Dr. Vítor Frazão, mas também a todos os que se disponibilizaram a acompanhar-me nesta cruzada e que contribuíram activamente com o seu esforço, a sua abnegação e lealdade para sedimentar o projecto político que o MOVE – Movimento Ourém Vivo e Empreendedor propôs para o concelho de Ourém e, em particular, para a nossa muito estimada freguesia.
Não foi um trabalho inglório aquele que o MOVE realizou nestas eleições autárquicas. Longe disso. Foi, acima de tudo, uma semente que foi lançada e já começa a frutificar, foi um desafio enorme que valeu a pena abraçar, e que marcará indelevelmente a história política do nosso concelho. O Povo percebeu isso e, a prová-lo, está o resultado obtido pelo MOVE nas eleições, o que, para um movimento político que está agora a lançar as suas primeiras bases, constitui uma vitória e um compromisso de acção para o futuro, tendo sempre em mente que todo o trabalho que façamos deve ser feito em benefício dos outros e não para proveito próprio.
Este é um compromisso que temos com todos quantos votaram no MOVE, mas também com todo o Povo de Ourém.
No meu caso, em particular, embora tenha sido eleito para a Assembleia de Freguesia de Nossa Senhora da Piedade, o MOVE e eu próprio não obtivemos a maioria dos votos, pelo que não perdemos nada, porque nada tínhamos à partida, mas também não ganhámos as eleições. Assumo essa derrota e irei aprender certamente muito com ela!
Ganhou o PS e, por isso, endereço daqui as minhas felicitações ao presidente agora reeleito, com votos de sucesso para o próximo mandato. Mas, quero ainda cumprimentar os candidatos da Coligação Ourém Sempre e CDU, nas pessoas dos seus cabeças de lista, pelos resultados que também alcançaram.
Pela minha parte, e enquanto membro agora eleito da Assembleia de Freguesia de Nossa Senhora da Piedade, posso dizer-vos que irei assumir essa nova função da mesma forma honesta e determinada com que sempre assumi os desafios que fui encontrando pela frente, e irei pugnar a minha acção sempre visando os superiores interesses dos nossos munícipes.
De facto, o MOVE não venceu as eleições do passado Domingo, todavia, ao eleger um vereador para a Câmara Municipal (Dr. Vítor Frazão), tornou-se indiscutivelmente num dos vencedores destas eleições. E, ao eleger ainda mais dois deputados municipais e um membro para as Assembleias de Freguesia de Caxarias, Nossa Senhora da Piedade e Rio de Couros/Casal dos Bernardos, num total de seis, conseguiu aquilo que era impensável para muitos até aqui há bem pouco tempo, ou seja, o MOVE conseguir-se implantar e criar raízes no concelho de Ourém. Os dados já estão lançados. Há que tirar as devidas ilações".

quinta-feira, outubro 03, 2013

Direito de Resposta a Interpelação Pública

Em resposta à Interpelação Pública formulada pela Senhora Maria Alexandra Guiomar Nogueira da Silva, publicada na edição de 27 de Setembro do Jornal "Notícias de Ourém", cumpre-me fazer, em nome do rigor e da verdade, algumas correcções pertinentes e tecer os seguintes comentários:

1. Em primeiro lugar, permita-me dizer-lhe que o texto a que a senhora faz referência foi publicado em 22-06-2010,às 20h28, no Blog denominado “iNovOurem” (http://inovourem.blogs.sapo.pt), do qual eu era, à época, co-autor. Aliás, se tivesse tido o cuidado e a amabilidade de ler a referência da publicação podia facilmente constatar que nela se diz: “Publicado por João Carlos Pereira & Friends, em 22-06-2010 às 20:28”.

2. Para além disso, o texto encontra-se redigido na primeira pessoa do plural, ou seja “nós”, o que significa (em português, em termos gramaticais e para bom entendedor) que a sua autoria não é de uma pessoa “de per si”, mas de duas ou mais. Julgo que é um dado importante que, infelizmente e de forma certamente deliberada, se esqueceu de mencionar.

3. Em terceiro lugar, permita-me dizer-lhe que a senhora não foi séria nem justa quando quis fazer crer aos oureenses que o texto em análise era da minha única responsabilidade, porquanto o que deveria ter escrito era: “Depois de ler o que publicaram no vosso Blog… não me resta outra alternativa que não seja interpelá-los publicamente, uma vez que, no vosso escrito, fazem referência ao meu pai…”.

4. Mais, para além de não ter sido séria e de ter propositadamente ocultado toda a verdade aos oureenses (o que significa que, de forma consciente, lhes mentiu), a senhora esperou pelo dia 27 de Setembro para chafurdar na lama e fazer publicar uma triste e vil Interpelação Pública, visando a minha pessoa, não me dando qualquer hipótese de exercer o meu direito de resposta ainda antes das eleições autárquicas. Trata-se, claramente, de um golpe baixo e sujo, mas os golpes baixos e sujos costumam ficar com a minudência de quem os pratica.
   
5. É também curioso o momento que escolheu para me dirigir a sua escabrosa Interpelação Pública sobre um texto datado de Junho de 2010, a qual, note-se bem, foi publicada neste mesmo jornal a apenas dois dias das eleições autárquicas. É caso para perguntar: Minha rica senhora, onde esteve você durante todo este tempo e qual a razão por que só agora e mais de três anos depois se lembrou de vir a público em defesa da honra e do bom nome do seu pai?

6. Deixe-me elucidá-la, e dizer-lhe que no passado dia 25 de Setembro de 2012, por circunstâncias várias, decidi abraçar pessoalmente o projecto do Blog “iNovOurem”, tendo o mesmo passado a estar alojado em “http://inovourem.blogspot.pt”, neste domínio precisamente. Se não percebe português, eu explico-lhe o que este parágrafo quer dizer: significa que, a partir do dia 25 de Setembro do ano passado, eu sou o único autor, escritor e gestor do Blog “iNovOurem”.

7. Considero, com a devida vénia, que a atitude da senhora foi cobarde e pouco honesta, ao ter permitido que outros ainda mais cobardes, corruptos e fúteis lhe tivessem contado esta história, coincidentemente em período de eleições, uma história já com mais de três anos de existência, e a tivessem obrigado a publicá-la neste jornal, apenas com o reles objectivo de denegrir a minha imagem política e pública.

8. Por outro lado, a senhora teria sido mais simpática e verdadeira se tivesse transcrito, na sua Interpelação Pública, esta simples frase que está também no texto que tanto a chocou: “É preciso dizer que nada temos contra estas duas pessoas. São homens que imprimiram o seu esforço e a sua dedicação à «Causa de Ourém», homens de princípios e valores humanistas, certamente, e que, nas áreas onde exerceram as suas actividades, não temos dúvidas que procuraram dar sempre o seu melhor”.

9. E veja que mais uma vez estamos embrenhados em problemas simples de pura gramática. No texto a que se refere diz-se: “Comparando com estas duas figuras ilustres, íntegras e de uma bondade e altivez extremas, o que raio fizeram então aqueles dois senhores por Ourém para terem o seu nome numa rua? O que é que deram a Ourém? Deram alguma coisa sem contrapartidas?”.

10. Quer isto dizer, que as citações que faz na sua Interpelação Pública estão propositadamente erradas e induzem em erro os nossos (e)leitores. E isso não é bom, nem abona a favor da democracia.

11. Também lhe posso assegurar que não é preciso ser bombeiro, professor ou doutor para se poder fazer alguma coisa pela Causa Pública. Pergunte, por exemplo, aos colaboradores de uma famosa empresa do ramo automóvel da nossa cidade se, enquanto superior hierárquico deles, alguma vez os mal tratei ou ofendi, e se não os ajudei e respeitei sempre.

12. Respeitar o próximo na plenitude das suas qualidades e defeitos é também uma virtude e um gesto de cidadania e, por isso, um acto de defesa da Causa Pública. Enquanto professora, acho que a senhora deveria estar mais ciente dos valores da cidadania e do que significa defender a Causa Pública. Assim, evitaria que lhe chamassem burra e não escreveria coisas tontas e patetas. Mas, está sempre a tempo de aprender. E, já agora, se deixar de olhar apenas para o seu próprio umbigo, verá que valerá a pena constatar que há uma sociedade e um mundo à sua volta.

13. E, é verdade, também eu não lhe reconheço qualquer autoridade moral para fazer juízos de carácter acerca da minha pessoa. Assim, neste ponto, estamos quites.

14. Permita-me, ainda, a falta de modéstia, mas a senhora enganou-se: é que já só me faltam oito anos para chegar aos 50 anos de bem-fazer.

15. Já agora, devolvo-lhe a pergunta que me dirigiu: o que já fez a senhora em defesa da Causa Pública, e que a leva a colocar-se em bicos dos pés e a julgar que é mais importante do que os outros?

16. Quanto à autoria do texto e demais pormenores que repute oportunos, bom, terei todo o gosto em dizer-lhe em privado, mas desde já garanto-lhe que é de pessoas frontais como eu, grisalhas, que sabem bem do que falam e que têm tanto ou mais autoridade moral que a senhora para se exprimir sobre quem quer que seja, contanto que digam sempre a verdade, e somente a verdade, como foi o caso.

17. Deixe-me dizer-lhe também, com toda a naturalidade, que não concordo com propostas nem aceitações do género daquelas que está aqui em discussão, mas respeito-a completamente. E sabe porquê? Porque me considero um humilde democrata, e porque ando desde os cinco anos de idade a tentar fazer alguma coisa em defesa da Causa Pública (já é uma tradição da minha família, que vem de há muito tempo…).

18. Finalmente, creia-me, estimada senhora, que responder a Interpelações como a sua, também é um contributo que prestamos à Causa Pública, mais não seja porque somos obrigados a explicar às outras pessoas que os factos por si narrados têm um contexto diferente daquele que, asnaticamente, quis fazer crer.

Atentamente,
João Pereira

Dia 29 Vota MOVE

O texto que se segue foi publicado na Edição de 27 de Setembro de 2013 do Jornal Notícias de Ourém, o qual constitui a sequência de textos que irão sendo ali publicados e aqui transcritos na íntegra.


"Coluna do Meio
Dia 29 Vota MOVE
Deixo-vos hoje uma carta do Dr. Vítor Frazão aos oureenses. Trata-se do candidato do MOVE – Movimento Ourém Vivo e Empreendedor à Câmara Municipal de Ourém, e que eu apoio incondicionalmente.
“Caras(os) Oureenses,
Se eu merecer a vossa confiança e me elegerem como próximo Presidente da Câmara, prometo não defraudar as vossas expectativas e garanto-vos que exercerei o mandato com lealdade, total disponibilidade e respeito por todos os oureenses.
Votar MOVE é votar em Vítor Frazão, é votar nas suas equipas, é votar na cidadania.
No próximo dia 29, Domingo, realizam-se as eleições autárquicas onde o MOVE – Movimento Ourém Vivo e Empreendedor, de matriz independente, se vai apresentar ao eleitorado com equipas credíveis, honestas e competentes.
Como sabem, eu já não pertenço ao PSD, porque não aceito a política de austeridade do Governo, nem me revia nas orientações da Comissão Política do PSD-Ourém. Como é que eu poderia continuar militante do PSD quando este partido não defendeu a continuidade das freguesias e, inclusivamente, propôs a extinção de 6 freguesias, embora tenham sido extintas apenas 5?
Fui o único Vereador que se deslocou a Lisboa à manifestação nacional contra a extinção de freguesias, e na Câmara Municipal de Ourém fui quem apresentou propostas em defesa das 18 freguesias do nosso concelho. No futuro, continuarei a defendê-las, apoiando-as e nelas delegando o máximo de competências.
Não me arrependo de tudo quanto fiz pelo concelho, todavia, embora social-democrata, vou concorrer como independente, inserido no MOVE, que é já uma alternativa democrática e respeitada no concelho de Ourém. No boletim de voto vai aparecer: Vota MOVE – Movimento Ourém Vivo e Empreendedor.
Em tempo de crise, que empobrece o concelho de Ourém, o MOVE teve a coragem de afirmar que a nossa promessa é trabalhar com competência pelo desenvolvimento sustentável do nosso concelho, e contribuirmos para o bem-estar dos oureenses.
A educação, a saúde, a assistência social, o saneamento básico, o associativismo, incluindo as corporações e secções dos bombeiros, a segurança, as obras infra-estruturais, a emigração e imigração, o planeamento estratégico com a entrada em vigor do PDM, todas elas terão a nossa prioridade. O apoio ao empreendedorismo comercial, industrial, agrícola e florestal, a empregabilidade Jovem, as acessibilidades, a conclusão das obras em curso e o turismo farão parte das nossas preocupações. O respeitoso relacionamento com as/os funcionários da Câmara, com as Juntas de Freguesia e restantes instituições do concelho, mesmo as religiosas, e a internacionalização – aproveitando o centenário das Aparições em Fátima e a vinda do Papa – serão também a nossa aposta.
Apelo a todos os oureenses – mesmo aos muitos militantes do PSD que me apoiam – que reflictam e no próximo dia 29 votem MOVE – Movimento Ourém Vivo e Empreendedor.
Um abraço de Vítor Frazão e das suas equipas”.

MOVE em frente

O texto que se segue foi publicado na Edição de 20 de Setembro de 2013 do Jornal Notícias de Ourém, o qual constitui a sequência de textos que irão sendo ali publicados e aqui transcritos na íntegra.


"Coluna do Meio
MOVE em frente
No regresso a esta “Coluna do Meio” e a cerca de uma semana das eleições autárquicas, o tema que trago hoje a estas páginas não poderia deixar de ter a ver com o acto eleitoral que se avizinha, o qual, só por si, constitui um acontecimento que, estou certo, marcará indelevelmente o futuro da histórica política do nosso concelho.
Uma coisa tenho para já certa, aliás muito certa: o MOVE – Movimento Ourém Vivo e Empreendedor já alcançou alguns dos seus objectivos, como por exemplo transmitir a sua mensagem aos oureenses com serenidade e verdade, expor as linhas gerais do seu programa eleitoral (até agora, só não viu quem não quis) e afirmar-se no concelho de Ourém como uma verdadeira alternativa credível aos partidos políticos. De qualquer modo, ganhe ou não o MOVE no próximo dia 29 as eleições autárquicas, a verdade é que ninguém poderá dizer que estes objectivos não foram cumpridos, pois, se disser o contrário, estará a mentir descaradamente aos oureenses.
Por outro lado, convém recordar aqui que o MOVE é um movimento novo, vivo, que surgiu pela primeira vez na história do concelho de Ourém, que congrega homens e mulheres de várias correntes ideológicas, com visões distintas, mas que se unem em torno de um objectivo comum: construir um futuro melhor para todos. Ao contrário do que muita gente quer fazer crer, o MOVE não é efectivamente um partido político, é, pelo contrário, uma organização onde não há o culto e a obediência do “chefe”, onde todas as opiniões contam para o todo, onde da divergência nasce a convergência e onde as pessoas estão empenhadas em servir a população e não o contrário.
Foi, por isso, que quando o Dr. Vítor Frazão me convidou para ser o candidato do MOVE – Movimento Ourém Vivo e Empreendedor à Assembleia de Freguesia de Nossa Senhora da Piedade, aceitei prontamente o desafio, sobretudo por duas ordens de razões fundamentais: primeiro, porque constato, infelizmente, que os sucessivos executivos camarários que nos governaram nos últimos 39 anos não transformaram a nossa terra, o nosso concelho, num local de que nos possamos apaixonadamente orgulhar, o que me levou a sentir que era chegado o momento de intervir activamente na vida pública da minha terra; segundo, porque é fácil perceber que os partidos políticos já entraram há muito numa “espiral recessiva”, onde prevalece a erosão das ideias, dos valores, da confiança e do respeito pelos cidadãos. Mas, o que é mais grave, é que não conseguem definir um rumo, um objectivo, uma visão que nos guie em direcção ao futuro. Bolas, temos de saber para onde vamos, caso contrário dificilmente lá chegaremos.
É neste contexto que as candidaturas do MOVE à Câmara Municipal, Assembleia Municipal e às sete Assembleias de Freguesia a que concorre, constituem uma lufada de ar fresco no cenário político oureense, porquanto são pessoas com provas dadas que querem apenas trabalhar, de forma séria e honesta, pelo seu concelho.
Pela minha parte, posso-vos dizer que me chamo João Carlos de Jesus Pereira, mais conhecido pelo “João Piriquito”, nasci há 42 anos em Ourém, precisamente na Rua Carvalho Araújo, nº 81 – 1º Esq., naquele tempo em que ainda se podia parir em casa, sou casado, formado em Direito e um eterno apaixonado pela minha terra.
Garanto-vos que a aposta no MOVE é a melhor aposta. E, caro eleitor, não se esqueça: Nas próximas eleições autárquicas não fique aflito, VOTE em “João Piriquito”!"

Ideias e propostas

O texto que se segue foi publicado na Edição de 30 de Agosto de 2013 do Jornal Notícias de Ourém, o qual constitui a sequência de textos que irão sendo ali publicados e aqui transcritos na íntegra.


"Coluna do Meio
Ideias e propostas
A partir do momento em que aceitei ser o candidato do MOVE – Movimento Ourém Vivo e Empreendedor à Assembleia de Freguesia de Nossa Senhora da Piedade, decidi que iria falar a verdade, e somente a verdade, aos munícipes da nossa freguesia. Como se isso não bastasse, impus-me também apresentar a todos vós as ideias e as propostas que me acompanharão nesta cruzada até às eleições autárquicas do próximo dia 29 de Setembro.
Deixo-vos hoje as ideias e as propostas que apresentei até agora para a nossa freguesia. A primeira ideia prende-se com o facto de que acredito piamente que construir um futuro melhor para todos passa também por respeitar as pessoas, quer sejam elas os munícipes ou os colaboradores da junta de freguesia. E disse que todos irão merecer da minha parte a mesma atenção, e com eles irei manter uma relação estreita, cordial e útil para a nossa terra. A aposta nas pessoas é, por isso, um objectivo central da minha candidatura, já que continuo a achar que sem o conhecimento, o envolvimento e a motivação das pessoas jamais será possível construir um futuro mais digno e solidário para todos.
A segunda ideia tem a ver com valores. Assim, por exemplo, dois dos valores éticos que defendo são a humildade e a honestidade. Quem me conhece, sabe bem do que falo! Não gosto de me evidenciar, não gosto de tolices e respeito quem me respeita. Por essa razão, quando aceitei candidatar-me pelo MOVE à Assembleia de Freguesia da minha terra, uma das condições que me impus foi nunca perder de vista estes valores, sendo que esta é uma garantia que dou a todos os munícipes. Se até hoje me mantive fiel a estes princípios, não seria agora que iria encontrar razões para mudar! Deste modo, espero receber de todos vós um voto de confiança, e tudo farei para estar à altura de o retribuir.
Finalmente, a terceira ideia até agora apresentada diz respeito a um dos ensinamentos de Gary Hamel, autor norte-americano e um dos “gurus” da gestão moderna, o qual afirma que são fundamentalmente seis as capacidades humanas que contribuem para o sucesso competitivo e para a criação de valor nas organizações, e que essas capacidades podem ser ordenadas hierarquicamente: na base está a obediência (a que atribui uma percentagem de 0%), depois a diligência (5%), o conhecimento ou o intelecto (15%), a iniciativa (20%), a criatividade (25%) e, finalmente no topo, a paixão (35%). Ora, como uma grande percentagem das organizações actuais apenas considera as três primeiras capacidades, significa isto que apenas 20% do potencial humano é aproveitado para criar valor!
Já no campo das propostas que tenho para a freguesia, falei-vos até agora que, se for eleito: 1) comprometo-me a criar as condições necessárias para a implementação de um Sistema de Gestão da Qualidade (Norma NP EN ISO 9001:2008), que garanta que haja não só um controlo eficaz dos indicadores económicos e financeiros da junta, como ainda uma gestão eficiente nas áreas do planeamento, controlo, gestão de recursos materiais e humanos e ainda no plano da melhoria contínua; 2) farei uma aposta forte nas novas tecnologias, com o objectivo de as pôr verdadeiramente ao serviço das pessoas, seja na gestão corrente da junta, seja no planeamento e no controlo das tarefas, seja ainda na simplificação dos processos e procedimentos ou no relacionamento com os cidadãos, o que faz com que, por exemplo, o Portal da Junta na Internet passe a ser muito mais apelativo, com novos e melhores conteúdos, para além de útil, intuitivo e prático; 3) irei valorizar a proximidade e o respeito pelas pessoas; e 4) pugnarei pela dignificação e valorização do trabalho dos funcionários. Estes são, portanto, meros exemplos de ideias e propostas que tenho para a freguesia, pois que outras surgirão oportunamente. Por ora, resta-me desejar ao “Notícias de Ourém” boas férias".
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