segunda-feira, setembro 16, 2013

Digam NÃO ao medo

O texto que se segue foi publicado na Edição de 23 de Agosto de 2013 do Jornal Notícias de Ourém, o qual constitui a sequência de textos que irão sendo ali publicados e aqui transcritos na íntegra.


"Coluna do Meio
Digam NÃO ao medo
A propósito dos actos de vandalismo ocorridos na semana passada e perpetrados, designadamente, sobre a carrinha de campanha do MOVE – Movimento Ourém Vivo e Empreendedor, mandam as regras que sejamos contidos e prudentes ao avaliarmos o que de facto aconteceu naquela madrugada do dia 16 de Agosto último em Rio de Couros. O que não significa, no entanto, que estejamos acorrentados a uma certa ditadura político-partidária que nos intimida, acossa os ânimos e nos limita no nosso direito constitucional de sermos livres e nos expressarmos livremente.
Antes de mais, quero fazer notar que sei bem que a minha liberdade termina quando começa a liberdade dos outros. Pena é que, nesta matéria, nem todos pensem assim, o que leva a que ainda tenhamos muito trabalho pela frente. É também, por isso, que repugna-me a ideia de que o 25 de Abril de 1974 afinal não tenha servido para nada. Ora, precisamente agora que decidi que era chegado o momento de voltar a intervir activamente na vida pública, confesso que ainda estava esperançoso que as razões que me fizeram afastar da política há já cerca de 15 anos, como sejam a podridão, a falta de carácter e a pobreza de espírito de algumas pessoas, fosse coisa do passado e que a nossa democracia estivesse mais madura em termos de liberdade, respeito, solidariedade e igualdade entre as pessoas. Enganei-me redondamente! Este mundo subterrâneo de interesses e vaidades difusas, onde prolifera o crime, a corrupção e o cultivo do medo, é indiscutivelmente uma realidade dos nossos dias.
No caso dos actos de vandalismo de que, nomeadamente, a carrinha do MOVE foi vítima, existem duas hipóteses prováveis para o que verdadeiramente aconteceu. A primeira, pode muito bem ser o facto de se ter tratado de um simples acto isolado, ignóbil e repugnante de puro vandalismo. A segunda hipótese, bem diferente, é ter sido um acto igualmente ignóbil e asqueroso, mas praticado a rogo de alguém e, se o foi, importa saber a identidade do(s) criminoso(s) mandante(s).
Convém não esquecer que nem sempre a realidade que nos salta logo à vista é o que parece. E também não devemos ignorar que o MOVE é já uma referência no concelho de Ourém e um movimento de massas (é certo, parte dele na sombra forçada), mas que tem incomodado e aborrecido muita gente, da direita à esquerda, e que de dia para dia vê as suas fileiras engrossar por muitos cidadãos que se revêem nas suas ideias e valores, cansados que estão deste lodaçal imoral, sujo e sem escrúpulos que conspurca a vida em sociedade, trazendo-nos à triste memória os tempos idos do fascismo, da perseguição e do medo.
Neste sentido, considero que qualquer tentativa de ostracizar os cidadãos e de lhes coarctar o seu direito a serem livres é um golpe reaccionário, logicamente abjecto e de uma tremenda baixeza. É por isso que, deste modo, não posso aqui deixar de o repudiar e condenar firmemente. Em todo o caso, o MOVE não se deixa intimidar por este tipo de acontecimentos torpes, que são apenas pedras que vamos encontrando pelo caminho, e que um dia, tal como nos ensinou o nosso grande poeta Pessoa, servirão para construir um castelo! Para o MOVE, esse castelo significa construir um futuro melhor para todos os oureenses, onde não haja lugar a perseguições ou medos. O MOVE nasceu precisamente para promover o contrário: resolver os problemas das pessoas e não para as atormentar; dar-lhes melhor qualidade de vida e não para as ignorar; e transformá-las em cidadãos de pleno direito e em pessoas com conhecimento e genuinamente motivadas nas causas da nossa terra, e não para as reconduzir a meras figuras decorativas, amedrontadas e inúteis da sociedade".

quinta-feira, setembro 05, 2013

O poder da paixão

O texto que se segue foi publicado na Edição de 16 de Agosto de 2013 do Jornal Notícias de Ourém, o qual constitui a sequência de textos que irão sendo ali publicados e aqui transcritos na íntegra.


"Coluna do Meio
O poder da paixão
Deixem-me dizer-vos, sem falsas modéstias, que parto para estas eleições autárquicas com a firme convicção de que estarei à altura dos desafios que irei encontrar pela frente, mas também com a certeza de que os munícipes da nossa freguesia estão prontos para experimentar uma nova forma de estar na política: ela será, pois, descontraída, descomplexada, sem preconceitos e, sobretudo, apaixonada.
E digo apaixonada, porque tenho o hábito de levar a sério todos os projectos que abraço, muito por força da vontade férrea de querer estar à altura das responsabilidades e não desiludir as pessoas. Ora, é por isso que a minha candidatura à Assembleia de Freguesia de Nossa Senhora da Piedade é, também ela, uma candidatura perseverante e apaixonada! E o mesmo se diga em relação a todas as outras candidaturas que o MOVE – Movimento Ourém Vivo e Empreendedor apresentará a sufrágio nas próximas eleições autárquicas de 29 de Setembro.
Como muito bem salienta Gary Hamel, autor norte-americano e um dos “gurus” da estratégia e da gestão moderna, “a paixão pode levar as pessoas a fazerem coisas estúpidas, mas é o ingrediente secreto que transforma a tentativa em concretização. Quem tem paixão supera os obstáculos e recusa-se a desistir”. Acresce que a “paixão é contagiosa e torna a cruzada de uma pessoa num movimento de massas”. Tal como escreveu o romancista inglês E. M. Forster, “uma pessoa com paixão é melhor do que quarenta meramente interessadas”.
A verdade, porém, é que a paixão não é um conceito estanque ou privatístico da gestão das empresas, podendo e devendo aplicar-se também à gestão da coisa pública ou ao exercício da actividade política. Este é precisamente um dos conceitos que me comprometo a impregnar na vida pública da nossa freguesia, sempre procurando fazer as coisas com a paixão suficiente para levar as pessoas a acreditar que é possível construir um futuro melhor para todos, apesar de todas as adversidades por que vamos passando.
Se for eleito, quero, assim, desenvolver o meu trabalho apaixonadamente, e procurarei trazer as pessoas para o centro das decisões. Não consigo conceber a resolução dos problemas dos cidadãos sem o seu envolvimento directo e igualmente apaixonado. E também não consigo vislumbrar como seja possível cativar o seu respeito e impulsionar a sua participação na vida pública se não formos capazes de os tornar aliados para as causas relevantes da nossa freguesia. Bem sei que teremos pela frente um desafio tremendamente gigantesco, já que do que estamos aqui a falar é de sentimentos, de capacidades humanas e de uma vontade de mudança. Acredito, ainda assim, que é uma tarefa indispensável que valerá a pena tentar concretizar, mesmo que os obstáculos pareçam, à partida, difíceis de ultrapassar. Mas, se dermos as mãos e nos comprometermos com este objectivo, estou certo de que o conseguiremos alcançar. Para isso, basta que saiamos da nossa zona de conforto e nos disponibilizemos, pelo menos, para tentar. Desta forma, sempre ficaremos com a certeza de que não nos vamos arrepender mais tarde por não nos termos dado sequer ao trabalho de o tentar.
Caros concidadãos, pela minha parte julgo que não posso nem devo carregar com esse peso na minha consciência, e penso que vós também não. Assim sendo, deixo-vos aqui esta nota final: não vamos desistir perante o primeiro contratempo que encontrarmos pela frente, e não tenhais medo daquilo que o futuro nos reserva. Façamos do poder da nossa paixão um sentimento contagioso a todos os demais e a imagem de marca da nossa freguesia".
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