sexta-feira, agosto 16, 2013

Melhor Servir Ourém

O texto que se segue foi publicado na Edição de 9 de Agosto de 2013 do Jornal Notícias de Ourém, o qual constitui a sequência de textos que irão sendo ali publicados e aqui transcritos na íntegra.


"Coluna do Meio
Melhor Servir Ourém
Agora que o processo de oficialização de todas as candidaturas se encontra concluído, e que o sorteio das listas decorreu de forma serena e elevada, mandam as regras da boa educação e do respeito pelas pessoas que dirija daqui, em geral, um cumprimento a todos os candidatos aos vários órgãos da autarquia oureense, e, em especial, aos três candidatos que comigo se apresentam na corrida à eleição para a Assembleia de Freguesia de Nossa Senhora da Piedade. Aos três candidatos, sem excepção, quero desejar boa sorte e votos de maiores felicidades nesta “jornada eleitoral” que agora verdadeiramente se inicia, e que culminará no dia 29 de Setembro com a realização das eleições autárquicas.
Não obstante, permitam-me que particularize a lista de candidatos que compõe a minha candidatura à Assembleia de Freguesia de Nossa Senhora da Piedade, começando por agradecer a disponibilidade, a coragem e a confiança que todos os dezassete elementos que me acompanham na lista depositaram em mim. Quero agradecer a todos eles esta enorme prova de responsabilidade cívica, gesto que considero ser de elevada consciência e um gigantesco passo para a afirmação da cidadania na nossa terra, o qual me deixa extremamente honrado e sensibilizado. E é por acreditar na vossa seriedade, competência e determinação que não tenho dúvidas que será uma equipa vencedora, e que saberá granjear o interesse, a consideração e o respeito de todos os munícipes da nossa freguesia.
Tenho, para já, uma certeza: estamos todos imbuídos na vontade de agarrarmos esta oportunidade para imprimir uma referência de mudança nas páginas da história da nossa muito estimada freguesia.  
Acresce a circunstância do MOVE – Movimento Ourém Vivo e Empreendedor ser um Movimento Independente de Cidadãos e, por tal, completamente apartidário, que não se confunde com os partidos e possui uma dinâmica própria que respeita as diferentes sensibilidades políticas, as ideologias, as opiniões e os modos de estar e pensar de cada um.
Já aqui o referi, e volta a afirmar, que existe uma crescente descredibilização dos partidos e dos políticos, o que tem originado, não raras vezes, que as suas linhas programáticas (que é como quem diz os projectos que apresentam para o país, para as regiões ou para as autarquias locais) sejam, senão inexistentes, pelo menos desfasadas da realidade. Há até quem diga que os gabinetes de estudos dos partidos não passam de uma mera formalidade, já que numas situações não funcionam ou não desempenham a função para que são criados, e noutras nem sequer existem enquanto tal.  
Num espaço tão curto como este, há que sintetizar, portanto, o essencial: os partidos estão esgotados, esvaziados do seu conteúdo fundamental que é servir as pessoas. Tornaram-se numa espécie de “escolas de política” (substituindo-se, nalguns casos, até às próprias universidades), onde o que conta é o percurso do “candidato” e não o mérito que possa ter. O MOVE não é, pois, um partido político. É antes um conjunto de cidadãos que, livremente, decidiram juntar esforços para trabalhar em prol do Povo de Ourém. E não seguimos a mesma “cartilha”, temos opiniões diferentes que sabemos respeitar, e conjugamo-las em torno de um objectivo comum: Melhor Servir Ourém. Neste contexto, ainda vamos a tempo de contribuir para devolver Ourém aos oureenses, e transformar a nossa terra num local aprazível, vivo e empreendedor. Esta missão e este sentido de responsabilidade são aquilo que assumi perante o Povo de Ourém, ao aceitar ser o candidato do MOVE à eleição da Assembleia de Freguesia de Nossa Senhora da Piedade. E você, o que pensa fazer para contribuir para a mudança?"

sexta-feira, agosto 09, 2013

A letargia dos partidos







Tal como o próprio nome indica, o MOVE é um movimento vivo e veio para ficar. Aqueles que pensam que o Movimento Ourém Vivo e Empreendedor se vai dissolver num ápice podem começar a desenganar-se, porque o MOVE não é um epifenómeno nem uma realidade efémera. E, ao lado dos partidos, vai apresentar-se ao eleitorado para ser julgado nos ciclos eleitorais vindouros.

Se os partidos acham que este movimento da cidadania não quer reclamar o espaço do espectro político que por direito lhe pertence, também continuam profundamente enganados. É precisamente este o “húmus” que, nesta altura da minha vida, me fez participar activamente na vida e na gestão da coisa pública. É que existem momentos na nossa vida em que percebemos facilmente que é chegada a altura de intervir. Ora, pois bem, é este o momento.

Outro dos enganos (ou erro, diria eu) dos partidos é partirem do pressuposto de que o MOVE é, como disse acima, um epifenómeno, ou seja, um movimento sem programa eleitoral, desorganizado, com meia dúzia de gatos pingados, os quais, porque “sacudidos” dos partidos, procuram obter protagonismo, agora sob a capa da “independência”.
Só assim se explica que em recentes entrevistas os líderes dos dois principais adversários do MOVE (mas onde se deve sempre incluir a CDU) terem simplesmente ignorado este movimento, não sei se por falta de tacto político, ou se por medo.

Com efeito, na edição de 12 de Julho do Jornal “Notícias de Fátima”, página 4, pode ler-se: “Nós estamos a fazer o nosso trabalho de uma forma séria e honesta, afirmou [Luís Albuquerque] e pediu à candidatura adversária para parar de fazer insinuações de mau gosto e deixar de se fazer de vítima”.

Noutra parte, na edição do mesmo dia do Jornal “Notícias de Ourém”, página 5, pode ler-se: “No seu discurso de vinte minutos, o actual presidente de Câmara considerou que esta é uma eleição atípica, porque o PS concorre contra uma coligação, do PSD/CDS. Aquela coligação que contra nós concorre deixou um endividamento de 55 milhões”.

Peço desculpa, mas há aqui qualquer coisa que não bate certo. Ou anda tudo doido ou então o mundo virou-se de pernas ao ar. Então e o MOVE? E a CDU?

Desculpem lá, mas essa indiferença e esse snobismo não são dignos da verdadeira, da refinada classe política, e é precisamente para contrariar este estado letárgico dos partidos que surge agora o MOVE, como fonte inspiradora e como alternativa credível. O que não me parece é que vá daí algum mal ao mundo o facto de um grupo de cidadãos se ter juntado para participar num projecto político alternativo de cidadania, pela primeira vez em Ourém.

Tal como os partidos, também os movimentos têm as portas abertas a qualquer cidadão que queira defender o bem público. Felizmente, os partidos políticos não têm a exclusividade de se poderem constituir para trabalhar em benefício do bem comum, pois os movimentos de cidadãos, por exemplo, também podem exercer esse papel. E até com a vantagem de não estarem sujeitos a uma disciplina e a uma hierarquia rígidas, que obriga as pessoas a moldarem-se aos partidos, quando o que se esperaria é que fossem os partidos a moldarem-se às pessoas.

Sendo os partidos uma espécie de laboratórios por excelência de um certo “carreirismo político” (e sei bem do que falo, pois conheço tantos exemplos), onde o que conta é a “dinâmica do percurso” e não as capacidades intelectuais, humanas e profissionais das pessoas, já dou de barato a irrelevância do contributo que estes “aparelhismos” têm vindo e continuarão a dar à sociedade. A menos que se preveja a prazo uma mudança radical de paradigma, o que me parece manifestamente inverosímil.

Pois bem, resta-nos uma alternativa: qualquer que seja a denominação ou a sigla, a verdade é que começa a registar-se uma grande adesão das pessoas a novas formas de organização política, a novas estruturas de organização, de que os movimentos independentes e da cidadania são apenas uma das suas expressões.

De toda esta letargia e indiferença posso concluir, portanto, que o que assiste aos partidos não é falta de tacto político (embora também não se possa excluir de todo esta carência), mas é antes o medo de estarem já a sentir o tapete a fugir-lhes dos pés.

quarta-feira, agosto 07, 2013

Piedade, a nossa terra

O texto que se segue foi publicado na Edição de 2 de Agosto de 2013 do Jornal Notícias de Ourém, o qual constitui a sequência de textos que irão sendo ali publicados e aqui transcritos na íntegra.

"Coluna do Meio
Piedade, a nossa terra
Quando Vítor Frazão me convidou para participar no Movimento Ourém Vivo e Empreendedor, nomeadamente contribuindo com algumas modestas ideias para o desenvolvimento do nosso concelho, estava longe de imaginar que me viria a tornar no candidato do MOVE à Assembleia de Freguesia de Nossa Senhora da Piedade. Justamente a terra que me viu nascer já lá vão quase quarenta e dois anos. Daí que tão prestigiante e honroso convite só poderia ter uma resposta da minha parte: “sim, aceito, e tudo farei para não defraudar as expectativas dos oureenses”, disse!
Ser candidato à Assembleia de Freguesia da minha terra é, portanto (e antes de mais), um motivo de enorme orgulho e um compromisso de trabalho que assumo perante todos os munícipes da freguesia. Por essa razão, não podia aqui defender uma maior participação das pessoas na vida pública e apregoar que todos estamos convocados para esta difícil tarefa de construir um futuro melhor, e depois “fugir com o rabo à seringa” e enjeitar a minha quota-parte de responsabilidade. Quem me conhece sabe que gosto de novos desafios e que não sou avesso à mudança, para além de que, conforme já aqui o escrevi, considero que “estar na política não é um acto de vaidade nem um meio para atingir um fim; é, isso sim, uma MISSÃO que pomos ao serviço dos outros”.
E não há uma missão de trabalho verdadeiramente séria sem, todavia, acreditarmos em valores. É, por isso, que a minha candidatura à Assembleia de Freguesia de Nossa Senhora da Piedade irá basear-se não só numa missão e numa visão de futuro que tenho para a nossa freguesia, mas também pautar-se pelos valores da seriedade, honestidade, determinação e respeito pelas pessoas. Sem uma afirmação clara destes valores, nos quais profundamente acredito, não é possível definir um projecto político que seja credível e útil para a sociedade onde nos inserimos.
Este é o enquadramento geral da minha candidatura, para o que contará também todo o trabalho que será desenvolvido dentro das próximas semanas, com vista à elaboração do programa eleitoral. Há já, porém, algumas certezas: qualquer que seja o seu conteúdo, o programa eleitoral que farei apresentar oportunamente a todos os munícipes da freguesia colocará as pessoas no centro das suas preocupações, e será também objectivo, realista e prático. Nada prometerei que não possa cumprir. Por ora, apenas vos posso garantir que não vou ficar parado, tudo fazendo para contribuir para o desenvolvimento da nossa freguesia.
Nota de rodapé: Não podia deixar passar esta oportunidade sem me solidarizar com a família da Profª Maria José Heitor, em especial com o seu filho João Heitor, neste momento de grande dor. Foi, na verdade, com incredulidade e muita consternação que recebi a notícia do seu falecimento, a cujas exéquias fúnebres não pude, infelizmente, estar presente. Ao João e sua família um sentido abraço".
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