segunda-feira, dezembro 28, 2020

Equilíbrio

Hoje falo aqui de equilíbrio. Na física, na química, na biologia, na sociedade, na economia, em variadíssimas áreas, há uma busca constante de equilíbrio. Acontece por vezes, contudo, que alguma coisa destrói o equilíbrio de tal forma que o novo equilíbrio terá que ser encontrado muito longe do anterior, o que poderá ter consequências desastrosas. Há que tentar por isso, e quando tal é possível e viável, atuar no sentido de voltar a repor o equilíbrio corrigindo as causas que levou ao desequilíbrio.

E perguntarão vocês porque falo aqui de equilíbrio. A razão deve-se à existência de diversos tipos de desequilíbrios no nosso concelho e que urge corrigir - falarei aqui de dois mas evidentes e graves. E porque sou da opinião de que, quem apresenta um problema deve ser o primeiro a propor uma solução, num próximo post falarei de possíveis respostas a dar aos desequilíbrios de que falo aqui.

Desequilíbrio demográfico: na grande maioria dos concelhos do chamado “interior” verificam-se perdas demográficas assinaláveis. No nosso concelho de Ourém, não podemos dizer que essas perdas são demasiado graves quando consideramos o concelho como um todo. Contudo, o mesmo não se pode afirmar quando se fala do que se passa no interior do concelho. De facto, existem freguesias com perdas enormíssimas de residentes; algumas aldeias correm o risco de ficar completamente desertas durante os próximos 10 ou 20 anos. É um desequilíbrio muito grave e há que atuar urgentemente para o corrigir.

Desequilíbrio económico: É um problema nacional, mas que no concelho de Ourém assume especial gravidade. Já tivemos um concelho agrícola, já tivemos um concelho industrial e de construtores, e neste momento temos um concelho centrado em comércio e serviços. A agricultura tem um peso quase residual; a indústria perdeu muita da sua pujança. Resta-nos o comércio e os serviços como grandes forças impulsionadoras da economia concelhia nos últimos anos. Contudo, as fragilidades de um modelo de desenvolvimento deste género são muitas, e a atual crise pandémica colocou-as a nu e de forma “dolorosa”. Atuar no sentido de tornar o concelho de Ourém mais equilibrado e diversificado em termos de atividades económicas, geradoras de emprego e de valor, deve ser uma preocupação e um desafio fundamental da autarquia.

Porque acredito que o MOVE – Movimento Independente pode fazer parte da solução para estes e muitos outros problemas do nosso concelho, colocando-o no rumo do progresso social e económico; porque me revejo inteiramente nos seus princípios fundamentais dos quais destaco os valores humanistas, tantas vezes mencionados, mas outras tantas vezes esquecidos; porque é um movimento independente e local, e por isso não-refém de influências e diretivas partidárias que ao nível local funcionam muitas vezes como limitadores da ação; porque o seu líder, o Dr. Vítor Frazão, bem como todos quantos a ele se associaram, têm vindo a demonstrar capacidade de intervenção e de entrega ao bem comum da nossa terra; por tudo isto aceitei o desafio e aderi ao MOVE como seu apoiante.

Paulo Nunes
Apoiante de Ourém, apoiante dos Oureenses, apoiante do MOVE
Freguesia de Rio de Couros e Casal dos Bernardos

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