terça-feira, dezembro 17, 2013

Sobre o Orçamento

O texto que se segue foi publicado na Edição de 13 de Dezembro de 2013 do Jornal Notícias de Ourém, o qual constitui a sequência de textos que irão sendo ali publicados e aqui transcritos na íntegra.

"Coluna do Meio
Sobre o Orçamento
Na semana passada, uma das ideias que deixei aqui plasmadas foi a de que, passada que está a euforia das eleições, talvez valesse mais a pena nos concentrarmos naquilo que doravante cada político irá fazer em prol do bem-estar e da qualidade de vida dos oureenses. É isso que conta verdadeiramente, e é isso que as pessoas esperam daqueles que elegeram. Assim, através de uma atitude construtiva e com visão de futuro, Vítor Frazão foi chamado a pronunciar-se na Câmara, entre outros, sobre um tema estruturante e decisivo para a vida do nosso município, e que diz respeito ao Orçamento da Câmara para 2014 e as Grandes Opções do Plano para o quadriénio 2014-2017.
Na verdade, devo referir que o vereador do MOVE, após lhe ter sido solicitado para se pronunciar sobre o assunto, teve o ensejo de apresentar um conjunto de propostas no âmbito das receitas e das despesas para incluir no Orçamento do próximo ano, propostas essas de carácter prioritário, geral e específico. Ao nível das propostas de âmbito prioritário, Vítor Frazão solicitou atenção especial para o reforço financeiro às 18 freguesias. No que concerne às propostas gerais, devo referir o reforço financeiro na educação, assistência social (idosos, crianças e famílias vulneráveis), associativismo, tecido empresarial e comércio tradicional, empreendedorismo jovem, criação de parques infantis e jardins públicos, segurança, sistemas de sinalização e direccionamento na rede viária, redução no recurso a serviços externos e especializados, como sejam pareceres, consultoria e projectos, maior controlo na aquisição de bens e frota automóvel, redução nas viagens ao estrangeiro, renegociação dos gastos com a electricidade e maior dignificação do actual canil municipal. De âmbito mais específico, Vítor Frazão propôs não só que se reduzisse o pessoal contratado e cedido por acordos de interesse público nas empresas municipais e que se renegociasse os vencimentos de todos quantos se encontram neste sistema, como também deu ênfase à extinção da SRU Fátima, com delegação de competências na respectiva Junta de Freguesia, internalização de serviços e a assunção de outras tarefas pela CMO. Por outro lado, propôs também a abertura de novas rubricas orçamentais para inclusão nas Grandes Opções do Plano, das quais destaco a criação de uma Feira de gado e produtos agrícolas, o apoio aos agricultores com prejuízos causados por animais selvagens e o Concurso de Ideias para projectos inovadores, tais como o Monumento ao Emigrante, e a (re)definição da “Marca de Ourém”. Ora, certo e sabido é que, quando confrontado com os documentos apresentados pelos serviços da Câmara, Vítor Frazão constatou que, por um lado, as propostas do MOVE de carácter geral haviam sido consideradas pelo executivo camarário, mas, por outro lado, quer as propostas consideradas prioritárias, quer as específicas e as referentes à abertura de novas rubricas orçamentais não haviam sido contempladas. Constatou, por exemplo, que o apoio financeiro às 18 freguesias, em 2014, iria ser de 1.104.500 milhões, quando em 2013 foi de 1.176.500 milhões. Tendo em conta que um dos pressupostos para que o vereador Vítor Frazão aprovasse o IMI e a Derrama para 2014 era o reforço financeiro para as 18 freguesias, a incluir no Orçamento para 2014, justiça seja feita a Vítor Frazão que não só não ficou calado, como ainda afirmou que votaria contra os documentos previsionais para 2014 caso os mesmos não incluíssem o reforço da verba de apoio às freguesias, e bem assim a abertura das novas rubricas referidas anteriormente. Deste modo, tendo em conta que, por exemplo, as propostas de âmbito geral foram satisfeitas, que o presidente da Câmara deu instruções para que as reivindicações do MOVE fossem inseridas nos documentos em apreço, que a verba de apoio às freguesias ascenderá, em 2014, a 1.304.500 milhões (sem prejuízo das que poderão vir a ser-lhes atribuídas por delegação de competências) e que o Orçamento para 2014 é reduzido de 42.888.300 milhões para 35.421.600 milhões, o vereador do MOVE votou a favor. E bem!".

quinta-feira, dezembro 12, 2013

Amor com amor se paga

O texto que se segue foi publicado na Edição de 6 de Dezembro de 2013 do Jornal Notícias de Ourém, o qual constitui a sequência de textos que irão sendo ali publicados e aqui transcritos na íntegra.

"Coluna do Meio
Amor com amor se paga
Agora que a poeira já baixou em relação ao famoso gabinete 2.6 da CMO, em que todos tiveram oportunidade de exprimir as suas doutas opiniões – incluindo eu –, julgo que agora talvez valha mais a pena nos concentrarmos naquilo que é feito em prol dos oureenses, independentemente se estamos ou não num gabinete da CMO, no trabalho ou em casa.
Antes, porém, creio que é importante dizer que esta questão tem, logo à partida, este enviesamento jurídico: a lei refere que o presidente da câmara deve disponibilizar a todos os vereadores os recursos físicos, materiais e humanos necessários ao exercício do respectivo mandato, devendo, para o efeito, recorrer preferencialmente aos serviços do município (nº 7 do artº 42º do Decreto-Lei 75/2013, de 12 de Setembro). Acontece que também já era assim, por exemplo, a partir de 1999, com a entrada em vigor da Lei 169/99, de 18 de Setembro (ver nº 5 do artº 73º). Quer isto dizer que esta “recomendação” que a lei faz – ao referir que “o presidente da câmara municipal deve disponibilizar a todos os vereadores…” –, já existia ao tempo em que o PSD geria os destinos da autarquia oureense, e não se conhecem registos de que o executivo camarário tenha alguma vez disponibilizado o que quer que fosse aos vereadores da oposição eleitos, à época, igualmente de forma legítima e democrática.
Por outro lado, é importante não esquecer que a lei não impõe, de forma imperativa, que os presidentes da câmara disponibilizem aqueles recursos aos vereadores da oposição, bastando-se por afirmar que aqueles recursos devem ser disponibilizados, tão-só e apenas na medida das possibilidades, físicas, técnicas, humanas, financeiras, de que as câmaras poderão dispor. Não se trata, portanto, de uma imposição taxativa da lei. É, aliás, por certo neste espírito que, alegadamente, se pode ler no Estatuto do Direito de Oposição nas Autarquias Locais (documento do PSD nacional, da autoria de Pedro Oliveira Pinto) o seguinte: “Por último, importa referir que tem sido prática corrente das Câmaras Municipais facultarem aos membros dos seus executivos que não detêm pelouros, vulgar e impropriamente designados como membros da «oposição», condições adequadas para o exercício das suas funções, designadamente gabinetes próprios e apetrechados com os meios logísticos necessários (telefone, equipamento informático com acesso à Internet, etc.), com o fundamento dessa disponibilidade resultar do Estatuto do Direito de Oposição. Nada mais falso, como é óbvio, porquanto, como se verifica, não são os mesmos titulares do Direito de Oposição”.
Entretanto, é do conhecimento público que o presidente da Câmara Municipal já disponibilizou uma sala no antigo edifício dos Paços do Concelho, tendo esta sido rejeitada pelos vereadores da Coligação, sob o argumento de que essa sala deveria ser no novo edifício e não no velho, à semelhança do que se passa com a localização do tal gabinete 2.6 do vereador independente do MOVE. De tudo isto, resulta por demais evidente que há aqui uma mera questiúncula menor, um ressabiamento recalcado, que nada tem a ver com a atribuição do gabinete em si – até porque o PSD não se pode queixar porque também nunca disponibilizou nada a ninguém –, mas apenas pelo facto de ter sido disponibilizado a quem foi e nas circunstâncias em que ocorreu (refiro-me à sequência cronológica que começou com o resultado obtido pelo MOVE nas eleições, passou depois pelo compromisso de governabilidade assinado com o PS, acabando na disponibilização do célebre gabinete ao vereador Vítor Frazão). Pela minha parte, entendo que se o vereador independente do MOVE tem um gabinete de trabalho, pois tanto melhor. Não é isso que me choca. O que me choca profundamente é ver que algumas pessoas apenas gostam de receber e nunca dão nada em troca. Como dizia o outro: “amor com amor se paga”.

segunda-feira, dezembro 02, 2013

A pedagogia na política

O texto que se segue foi publicado na Edição de 29 de Novembro de 2013 do Jornal Notícias de Ourém, o qual constitui a sequência de textos que irão sendo ali publicados e aqui transcritos na íntegra.

"Coluna do Meio
A pedagogia na política
A semana passada falei sobre a pedagogia na assembleia. Pois bem, esta semana irei falar sobre pedagogia na política. Na verdade, a pedagogia, independentemente do órgão de que se fale, não é uma questão menor que possamos descuidar no exercício da actividade política. Sendo certo que a pedagogia não é um conceito estanque ou privatístico da política, mas transversal a toda a vida em sociedade (por exemplo, temos de ser pedagógicos com os nossos filhos; os nossos gestores de empresas têm de ser pedagógicos com os seus colaboradores; a cultura deverá ser pedagógica para quem a aprecia; o treinador tem de ser pedagógico com os seus atletas; etc.), ela, a pedagogia, ganha, porém, uma maior acuidade quando tratamos da gestão da “coisa pública”, desde logo porque política não significa apenas a luta pela conquista e manutenção do poder, significa também o exercício desse poder não só de forma competente, equilibrada e justa (como seria normal), mas também com um pendor pró-activo, construtivo e, claro está, pedagógico.
Usar de pedagogia na política é, igualmente, um imperativo do nosso tempo. Não podemos escamotear o descrédito latente que existe em relação à classe política, nem o descontentamento generalizado que existe entre as pessoas, nem a quebra de confiança, nem até mesmo a grande incógnita que sentimos quando olhamos para o futuro. Para contrariar este estado letárgico da acção política, temos de conseguir esta coisa fantástica e esplendorosa que é “aprender a educar através da política”. Quando, por exemplo, esperamos de um polícia que ele seja mais pró-activo e didáctico do que propriamente um mero “passador de multas”, não seria também interessante esperarmos isso de quem nos governa? Claro que me vão dizer: mas isso todos esperamos! Não deixam de ter razão. Todavia, para além de já (quase) ninguém acreditar nisso, existe uma diferença entre o “esperar” e o “ser”. Ou, dito de outro modo: esperar que os políticos sejam pedagógicos e constatar que efectivamente o não são, são coisas completamente distintas. E a verdade nua e crua é que, infelizmente, a grande maioria o não é.   
Ora, o que está aqui em causa verdadeiramente é, sobremaneira, a questão de saber se vale ou não a pena “aprender a educar através da política”. Tenho para mim que, mais do que necessário, é fundamental e decisivo. Se a acção política não tiver este complemento de pedagogia, de ensinamento e aprendizagem – que não deixa de ser também a valorização do próprio papel da cidadania –, penso que muito dificilmente nos desenvencilhamos desta “apatia democrática” em que todos caímos e nos encontramos mergulhados há demasiado tempo, por já não termos pinga de sangue ou réstia de esperança que nos valha.
Inverter este paradigma é, portanto, o desafio que temos todos pela frente, até porque o que está aqui em causa é também uma questão de moralidade, de ética e de justiça social. São valores que se aplicam não só a quem detém e exerce o poder, como também àqueles a quem o mesmo se dirige e se aplica, ou seja, a todos nós. Neste preciso sentido, todos somos co-responsáveis por levar a bom porto e concretizar esta difícil missão, embora não impossível. Só que, não nos esqueçamos, que bom seria se o exemplo pudesse partir de cima, obviamente sem prejuízo de os cidadãos não enjeitarem a sua quota-parte de responsabilidade. Por isso, já vai sendo tempo de a classe política empreender algo absolutamente venturoso, que desperte a curiosidade e o interesse das pessoas e as motive para a participação na vida pública. Bem sei que “a cobardia é surda e só ouve o que convém”, mas, à falta de outra solução qualquer, não tenhamos medo de nos socorrer da pedagogia e fazer dela uma arma poderosa ao serviço dos políticos e da política, mas também das pessoas. Haja quem dê o primeiro passo e nos dê a primeira lição… Todos agradecem".

sexta-feira, novembro 29, 2013

A pedagogia na assembleia

O texto que se segue foi publicado na Edição de 22 de Novembro de 2013 do Jornal Notícias de Ourém, o qual constitui a sequência de textos que irão sendo ali publicados e aqui transcritos na íntegra.

"Coluna do Meio
A pedagogia na assembleia
Na passada segunda-feira, dia 18, fui assistir à reunião extraordinária da Assembleia Municipal para me inteirar do modo como decorreriam os trabalhos. Mas, impus-me à partida basear em critérios racionais, imparciais e justos quaisquer juízos de valor que pudesse vir a formular no âmbito daquela minha tão esperada “incursão municipal”. Ora, é isso que procurarei reproduzir no texto desta semana.
A primeira constatação que gostaria de deixar aqui expressa diz respeito à ausência notória de algumas forças vivas e dilacerantes da nossa praça, as quais, nas últimas semanas, têm sucumbido à tentação de atacar violentamente aqueles que, por direito próprio e com a chancela do voto popular, representam hoje 11% do eleitorado oureense. Muitos destes profetas da desgraça (senão mesmo todos) abstiveram-se de estar presentes, perdendo assim uma excelente oportunidade de mostrarem a cara e contra proporem naquele que é, por excelência, o órgão deliberativo do município, o qual é composto pelos membros representativos dos respectivos munícipes, eleitos directamente para este órgão, e pelos presidentes de Junta de Freguesia, cujo mandato visa a salvaguarda dos interesses municipais e a promoção do bem-estar da população (artº 3º do Regimento da Assembleia Municipal, versão 2009-2013). Ressalvado o efeito da hora em que se realizou a referida reunião (16h00), a verdade, porém, é que não vi nenhuma daquelas excelências dar o corpo ao manifesto. 
A segunda constatação que me apraz registar diz respeito à serenidade e à pedagogia que o líder do Grupo Municipal do MOVE, Dr. Júlio Henriques (embora não tendo sido o único), imprimiu nas suas diversas intervenções. Com efeito – e dispensando-me de tecer pormenorizações sobre as temáticas abordadas (que podem ser sempre lidas quando a acta da reunião for disponibilizada) –, pude verificar que o Dr. Júlio Henriques evidenciou não só conhecimento dos dossiers, como ainda foi absolutamente transparente, construtivo e pedagógico ao ter salientado, nomeadamente, a necessidade de os serviços da autarquia tomarem maior atenção na redacção dos documentos oficiais submetidos à apreciação da digníssima assembleia, mais concretamente ao nível das remissões para a legislação aplicável (o que acontece é que, não raras vezes, a documentação faz remissões para legislação diversa da supostamente aplicável, quando não mesmo para legislação inexistente).  
Por outro lado, permitam-me que faça ainda notar um facto já amplamente escalpelizado na praça pública, e que tem a ver com as dimensões relativamente reduzidas do auditório onde decorrem as reuniões da Assembleia Municipal. Recorde-se que este auditório está situado no novo edifício dos Paços do Concelho, uma obra relativamente recente e arquitectada de raiz, mas que é efectivamente de dimensões pequenas, exageradamente pequenas. Dir-me-ão: mas, é quanto baste! E eu contraponho dizendo: pois, mas tudo depende da visão que temos do futuro, e tanto assim é que “a visão sem acção é uma fantasia, e a acção sem visão é um pesadelo” (Dave Lakhani).   
A terminar, e em jeito de síntese, dizer-vos apenas que fiquei, genericamente, satisfeito com a forma como os trabalhos da última reunião da Assembleia Municipal se desenrolaram, e com a atitude evidenciada pelos deputados municipais, a qual abonou a favor da dignificação daquele órgão (independentemente das “trocas de mimos” habituais e que fazem parte do “jogo democrático”). Julgo que, para isso, muito contribuiu o papel sério e construtivo, mas também pedagógico, do Grupo Municipal do MOVE".

domingo, novembro 24, 2013

O Gabinete 2.6

O texto que se segue foi publicado na Edição de 15 de Novembro de 2013 do Jornal Notícias de Ourém, o qual constitui a sequência de textos que irão sendo ali publicados e aqui transcritos na íntegra.

"Coluna do Meio
O Gabinete 2.6
Ao longo das últimas semanas temos assistido a um rol de críticas intempestivas e insultuosas em relação à actuação pós-eleitoral do MOVE, nomeadamente: que o Movimento Ourém Vivo e Empreendedor é a nova muleta do PS, que o MOVE se vendeu ao PS, que o PS comprou o MOVE, lhe pagou a campanha e, ainda por cima, disponibiliza ao vereador Vítor Frazão um gabinete todo “xpto”, com mesa redonda e quatro cadeiras, com acesso à Internet e vista para o Castelo, a partir do 2º Piso da Câmara Municipal.
Ora, é a partir do Gabinete 2.6 que o vereador Vítor Frazão, tal como já anunciado, irá disponibilizar parte do seu horário pessoal (todas as segundas, terças e quartas, das 9h00 às 18h00) para atender todos os eleitos do nosso concelho, incluindo, obviamente, todos os munícipes, e bem assim para analisar todos os processos relacionados com a funcionalidade e governabilidade da Câmara e sujeitos a decisão/deliberação, por forma a poder pronunciar-se, votar, propor e contra propor os vários assuntos de interesse para a autarquia.
Foi também a partir do Gabinete 2.6 que Vítor Frazão, a propósito do Centenário das Aparições de Nossa Senhora de Fátima e da vinda de Sua Santidade o Papa Francisco, em 2017, propôs, na reunião de Câmara do passado dia 5 do corrente, por um lado, a criação de um Gabinete Técnico-Institucional que prepare, programe e calendarize, atempadamente, todas as actividades e obras a realizar, e, por outro lado, que se enderece o convite ao Sr. Primeiro-Ministro para que, dentro da sua agenda, visite o nosso município e aqui possa realizar um Conselho de Ministros, de molde a inteirar-se do programa religioso e sociocultural que se pretende levar a efeito.
No âmbito da temática da reabertura de extensões de saúde encerradas e da criação de uma Unidade de Saúde Familiar em Ourém, o Gabinete 2.6 da Câmara Municipal serviu ainda para Vítor Frazão se rejubilar com esta decisão, pois entende que vem contribuir para melhorar o sistema de saúde do nosso concelho e beneficiar todos os munícipes, o que o levou a propor que, com a máxima urgência, se solicite uma audiência à directora executiva do ACES do Médio Tejo, Dra. Sofia Thriaga, a fim de, conjuntamente, se analisar esta questão.
Por outro lado, é do conhecimento público que o jovem Vítor Mendes, de Rio Couros, iniciou há bem pouco tempo uma “viagem ferroviária de aventura” com destino à Europa de Leste, projecto intitulado “Leva-me Levante”, que o levará, nomeadamente, até à Polónia, país onde se encontra o Santuário de Jasna Gora, dedicado à Virgem Negra, localizado na cidade de Chestokowa, a qual está geminada com Fátima-Ourém, justamente uma geminação promovida por Vítor Frazão quando este era ainda presidente da Junta de Freguesia de Fátima. Neste pressuposto, a partir do seu Gabinete 2.6, Vítor Frazão recomendou não só que, de forma oficial, se contacte a Câmara Municipal daquela cidade para que, ao abrigo do espírito que preside às geminações, esta possa vir a dar todo o apoio possível a este jovem oureense, mas também que o jovem Vítor Mendes seja recebido na Câmara Municipal de Ourém logo após o seu regresso.
Finalmente, o Gabinete 2.6, com mesa redonda e quatro cadeiras e com vista para o Castelo, foi ainda motivo inspirador para Vítor Frazão dirigir um Voto de Louvor a duas instituições de ensino do concelho, a saber: o Externato de São Domingos e a Escola de Hotelaria de Fátima, que celebraram, respectivamente, os 60 e 20 anos de existência ao serviço da educação. Este Voto de Louvor, extensivo aos órgãos directivos, docentes e discentes, associações de pais e aos próprios alunos, foi votado por unanimidade na Câmara! Não é que agora a Coligação PSD/CDS presta “vassalagem” ao MOVE? Como dizia o nosso querido e saudoso FERNANDO PESSA… E esta hem!!!"

quinta-feira, novembro 14, 2013

Os palhaços foram ao circo

O MOVE – Movimento Ourém Vivo e Empreendedor, o Dr. Vítor Frazão e todas as pessoas que, com maior ou menor visibilidade, se identificam com este movimento independente de cidadania, têm sido, ao longo das últimas semanas, alvo do escárnio e das mais ridículas exprobrações, mormente por parte de figuras ligadas ao PSD/Ourém, mas não só. O chorrilho de críticas, ofensas e despautérios tem assumido tamanhas proporções, que não se chega bem a perceber onde acaba a pura estupidez destas graciosas pessoas e começa a sua demência congénita. São figurinhas torpes, velhacas e vingativas, puras marionetas formatadas a granel para servirem de mensageiros da desgraça e lançarem uma campanha rasteira contra pessoas que, tendo obviamente os seus defeitos, são honestas e deveriam merecer mais consideração e respeito.
E tudo isto porquê, perguntam vocês? A razão é muito simples: porque o PSD/Ourém não conseguiu digerir e engolir até hoje a derrota que sofreu nas últimas eleições autárquicas, certamente por ter deitado os foguetes antes da festa, por ter pensado que o processo eleitoral seriam favas contadas, por ter menosprezado a força dos seus adversários e, talvez mais importante que tudo, por ter subestimado a inteligência do Povo do concelho de Ourém.
Esta infantilidade política, esta inexperiência ou erro de cálculo saiu-lhes caro, demasiado caro, o que originou a queda do “império senhorial” em que se encontravam entronizados e mergulhados, e que julgavam ter perpetuamente na mão. Só que, como se usa dizer, o Povo é quem mais ordena!  Se Abraham Lincoln fosse vivo, diria certamente a este propósito algo do género: “Vossas Excelências podem enganar uma pessoa por muito tempo, algumas por algum tempo, mas não conseguem enganar todas as pessoas por todo o tempo”!
Uns, a coberto do anonimato cobarde, outros de “fronha” bem vincada e exposta, ensaiam uma diatribe monstruosa e persecutória. Esta espécie de masturbação psicológica degenerativa, sorumbática e virulenta constitui o espelho que reflecte a vossa insignificância e mediocridade. Vossas Excelências julgam que, com isso, expiam os vossos infectos pecados? Ó, meu Deus, mas em que mundo eles vivem?  Será que pensam que por dizerem mil vezes uma mentira ela se transformará numa verdade absoluta? Ó patranha oca, ó triste graça a vossa…
Vossas Excelências sois a vossa própria desgraça. O revanchismo está em vós, não nos outros. Sois vós que cavais a própria tumba e, ingloriamente, haveis de cair nela – qual soldado raso descambado numa trincheira. E não é presságio nem praga, não, é apenas a marca indelével do vosso miserável tempo.
Dizer-se que se foi ao circo assistir à tomada de posse dos eleitos democraticamente é um sinal claro e típico dos ditadores, e de quem não respeita, não sabe o que é nem como funciona a democracia. Para estas Excelências, recomenda-se vivamente que passem os olhos pela obra do pensador político, historiador e escritor francês Alexis de Tocqueville, intitulada “Da Democracia na América”, e embrenhem-se no texto, muito extenso, é certo (são quase novecentas páginas de pura narrativa absolutamente deliciosa, onde prima a ausência de imagens), mas que vos irá enriquecer, tanto humana como intelectualmente. É um bocado “carote”, mas poderão adquirir o livro aqui.
Como muito bem poderia ter dito o nosso querido e saudoso VASCO SANTANA…  Palhaços há muitos, seus PALERMAS!!!

quarta-feira, novembro 13, 2013

Do Direito de Voto

O texto que se segue foi publicado na Edição de 8 de Novembro de 2013 do Jornal Notícias de Ourém, o qual constitui a sequência de textos que irão sendo ali publicados e aqui transcritos na íntegra.

"Coluna do Meio
Do Direito de Voto
Ao longo das últimas semanas, na praça pública e de forma democrática, uns têm escrito coloridamente, outros dissertam em circo e os vereadores da “Coligação Ourém Sempre” asseguram de manhã, em reunião de Câmara, colaboração autárquica ao senhor presidente e restantes vereadores. Nesse mesmo dia, passadas umas horas, aqueles protagonistas e outros signatários da mesma coligação, numa intempestiva conferência de imprensa, desertam da “vassalagem” prometida de manhã e, agora, atirando areia para os olhos, atacam o PS e o MOVE.
Uns, com telemóvel, e outros, com verborreia escrita e oral, tentam desgovernar e desestabilizar, esquecendo que nas suas costas se ouve dizer: “quem desdenha quer comprar” e que “ não se arremessam pedras a homens mortos”. Ainda se apregoa que “seria melhor olharem para o interior da coligação e do partido e não promoverem eleições antecipadas sem, primeiro, analisarem os resultados eleitorais”. Em separado, quantos votos tiveram cada um dos partidos desta coligação? Certo e sabido é que o MOVE e os seus eleitos manterão uma postura de serenidade em favor da defesa dos interesses dos oureenses.
A propósito das últimas eleições, com sapientes e (in)dependentes acusações, invocam-se os resultados eleitorais mas, talvez porque não lhes interessa, não aludem à Lei Eleitoral em vigor, que remete para “a eleição directa de deputados” e impõe, posteriormente, “a eleição interpares” para a presidência. Ora, se mal está a lei, então ter-se-á de a alterar.
A lista da “Coligação Ourém Sempre” obteve, por arredondamento, 40% dos votos, mas não se pode menorizar o facto de que as restantes forças políticas, ou seja, o PS, o MOVE e a CDU, conseguiram 60%, o que, em termos de mandatos, se traduziu em 16 eleitos para o PSD, 15 para o PS, 2 para o MOVE e 1 para a CDU. Em face desta correlação de números, houve contactos (no mínimo e que conhecemos) não só entre o PSD e o PS e vice-versa, mas também contactos do PS e do PSD com o MOVE. Quer o PS quer o PSD desejaram os votos do MOVE, convidando os seus eleitos para integrarem as suas listas. O MOVE não assumiu estas propostas, porque só tem 2 deputados municipais e os deseja para intervirem na Assembleia.
Dias antes da eleição, o MOVE propôs ao negociador do PSD que contactasse o PS para conceberem “uma lista única tripartida”, que era, aliás e conforme informações, uma solução autárquica já defendida pela pessoa que encabeçou a lista do PSD. Logicamente, que o presidente seria do PSD, a 1ª secretária seria do PS e o 2º secretário, por uma questão de aritmética de votos, seria do MOVE, sem escamotear o valor e a experiência do eleito da CDU. Algum esforço foi feito para consumar aquela proposta? O MOVE não teve resposta e, na tarde do dia 18 de Outubro, foi dada “liberdade de voto” aos eleitos do MOVE, os quais, ao longo dos últimos dias, tinham sido contactados por pessoas do PS e do PSD, nalguns casos até persistentemente, sem que se saibam, no entanto, as consequências daí resultantes.
Será que todos os eleitos da “Coligação Ourém Sempre” votaram na lista do PSD? É que corre por aí que alguém votou no PS… Por exemplo, em Caxarias, caso de que o PSD não fala, a votação também não decorreu como o acordado entre os candidatos àquela Assembleia de Freguesia. Para nós, “os elementos do MOVE também votaram em consciência”. Vamos, agora, fazer caça às bruxas? O MOVE não o fará! É que, em votações, em matéria do foro íntimo e secreto, a ninguém se deverá chamar “traidor”.

domingo, novembro 03, 2013

Responsabilidade

O texto que se segue foi publicado na Edição de 1 de Novembro de 2013 do Jornal Notícias de Ourém, o qual constitui a sequência de textos que irão sendo ali publicados e aqui transcritos na íntegra.


"Coluna do Meio
Responsabilidade
Muito se tem escrito na imprensa, no facebook e nos blogues sobre as recentes eleições autárquicas, sobre as tomadas de posse que naturalmente se lhe seguiram, sobre os seus protagonistas e sobre o exercício que os mesmos fazem das funções para que foram agora empossados. Certo é que, mais do que ataques e críticas – as mais das vezes feitas por pessoas que não sabem ou não quiseram inteirar-se, antes de falarem ou escreverem, das razões do sucedido deste ou daquele facto –, o que os oureenses desejam verdadeiramente é o cumprimento responsável das tarefas autárquicas por parte de quem foi eleito e empossado.
É bem sabido que as críticas dirigidas à nascença a um qualquer projecto político desvirtuam a correlação de forças positivas que deve existir entre, por um lado, os desejos e as vontades dos eleitores e, por outro lado, a assunção das responsabilidades por parte dos eleitos. Ora, ainda bem que existem eleitos, e são muitos, que não só respeitam e coabitam com a pluralidade de opiniões, como também não se deixam amedrontar nem se esquivam à defesa da “Causa Pública”. É neste “jogo democrático” que os eleitos pelo MOVE – Movimento Ourém Vivo e Empreendedor se movem, quer seja na Câmara, na Assembleia Municipal, Juntas ou Assembleias de Freguesia.
A comprová-lo está, por exemplo, a palavra de disponibilidade autárquica deixada por Vítor Frazão na reunião de Câmara do passado dia 22 de Outubro, dirigida a todos os eleitos e também aos que compõem o novo elenco camarário, no sentido de com eles colaborar num espírito aberto e democrático. Tanto assim é que não é pelo facto de o MOVE ter celebrado um compromisso de governabilidade com o Partido Socialista, que vai obrigar os eleitos do MOVE a render vassalagem ou a cumprir qualquer dever de obediência ante aquele. E também nunca retirará ao MOVE o direito de divergir, contestar ou contrapor seja o que for.
Mas, a comprovar este espírito de colaboração e responsabilidade por parte dos eleitos do MOVE, há ainda o requerimento formulado por Vítor Frazão na reunião citada há pouco, no qual se pode ler: “em face das notícias vindas a lume sobre a vinda à Câmara Municipal de uma equipa da Polícia Judiciária, solicito ao Exmo. Senhor Presidente que nos faça o ponto da situação, já que são difusas as notícias que circulam na Comunicação Social”. Diria mais: recomendou, por exemplo, que se evite a inclusão de assuntos não agendados para as reuniões, sob pena de o MOVE não aceitar a sua discussão; ou a recomendação de se começar a dar, desde já, sinais de poupança na Câmara Municipal, nomeadamente nas saídas ao estrangeiro. Finalmente, na referida reunião de Câmara, Vítor Frazão decidiu que não votaria as questões que se prendiam com as obras no estádio municipal de Fátima, no IC9 e, também, com a Fátiparques, caso não lhe fossem prestados os esclarecimentos necessários. Decidiu ainda que deveriam ser ouvidas as forças vivas de Fátima, por forma a tomar-se uma decisão consentânea e não divisionista, no que toca à localização do novo Posto de Turismo de Fátima. Ainda teceu um louvor à organização da final do campeonato Europeu de Enduro das Nações disputada em Ourém.
Tempo ainda para uma última referência a outra posição do MOVE que comprova a sua não subserviência ao Partido Socialista, mas antes reflecte a sua faceta independente, colaboracionista e responsável: é sobre a extinção do chamado “Pelouro de Fátima”. No entender do MOVE e de Vítor Frazão, os vereadores da Câmara Municipal devem exercer as suas funções autárquicas ao nível de todo o concelho. Não obstante, defende-se a continuidade deste pelouro, embora não adstrito a um vereador em exclusividade, o qual teria ainda a seu cargo outros pelouros de âmbito municipal, para além do próprio acompanhamento das necessidades da freguesia de Fátima, de entre as quais, por exemplo, a urgência da constituição de uma comissão que programe e coordene as Celebrações do Centenário das Aparições e a vinda de Sua Santidade o Papa, em 2017".

sábado, novembro 02, 2013

Nem tudo o que luz é ouro

Foto: OuremNews
Costuma-se dizer que “nem tudo o que luz é ouro”, um adágio popular impregnado de cultura e sabedoria de outros tempos.
Outras vezes, diz-se também que uma foto vale por mil palavras, e que nem vale a pena indagarmos se o que vemos é “ouro” ou pura imaginação de uma cabecinha pensadora qualquer.
Esta foto – qual tela milimetricamente medida e pensada –, aparenta ser uma coisa que afinal não é. Não por culpa do seu autor, mas por culpa do que ela (a foto) não diz.
E o que não diz, é o facto de ter sido captada junto ao Centro de Negócios de Ourém, no passado sábado, dia 26 de Outubro, aquando da cerimónia de inauguração da Feira de Santa Iria.
Respondendo ao convite formulado pela Câmara Municipal a todos os vereadores para estarem presentes, como de resto extensivo a toda a população do concelho, o vereador do MOVE, Vítor Frazão, não quis deixar de marcar presença e dignificar um evento cultural já com uma longa tradição na nossa terra, como o é a Feira de Santa Iria.
A foto capta ainda o momento em que, à chegada, Vítor Frazão encontra o Sr. Costa Pereira, seu ex-mandatário da candidatura à Câmara Municipal, e, num puro gesto de amizade e respeito, se abraçam efusivamente. Nada mais natural entre pessoas conhecidas e, acima de tudo, amigas de longa data (foram desportistas até na mesma altura, lembram-se?).
Vai daí, Paulo Fonseca, presidente da Câmara Municipal, que na altura chegava também ao Centro de Negócios, e cumprindo as regras da chamada boa educação, cumprimenta o Sr. Costa Pereira e Vítor Frazão, não só por os conhecer, como também por ter o Sr. Costa Pereira como grande amigo comum.
Ora, fazendo uma adaptação de um texto que escrevi aqui há dias numa rede social, podemos afirmar que Vítor Frazão cumprimentou, no passado dia 26 de Outubro, o Sr. Costa Pereira (primeiro) e Paulo Fonseca (depois). Quer Vítor Frazão quer Paulo Fonseca levam para já uma vantagem: ambos deram a cara e sujeitaram-se ao voto popular. Um é do MOVE, o outro é do PS. Acham que Vítor Frazão se vendeu por ter cumprimentado Paulo Fonseca? E acham que o Paulo se vendeu ao MOVE?  Acham que há aqui alguma espécie de subserviência? Afinal, quem conspurca quem?
Tenho para mim, que o que a história desta foto retracta é um simples gesto de cortesia, de cidadania e educação. Quem confunde isto com vassalagem, acho que não entende o que é democracia, o que é pena.
Finalmente, a foto até poderia estar mais completa, se os vereadores da Coligação Ourém Sempre, Luís, Poças e Isabel, se tivessem visto pelas redondezas e dado ao trabalho de aparecer. Justiça seja feita ao vereador Luís, que foi visto em amena confraternização familiar numa das tasquinhas da Feira, mas cuja ausência foi amplamente notada, assim como a dos seus colegas, nos momentos iniciais da inauguração do Certame. Talvez, tivesse Deus querido que assim fosse, tal o tamanho do imbróglio que uma foto a seis iria provocar. Se já causa uma tremenda confusão saber, de entre dois, quem presta vassalagem a quem, imaginem só o que não seria se se viessem juntar mais o Luís, o Poças e a Isabel? Aí, é que seria o cabo de todas as tormentas. Paletes de tormentas.

quinta-feira, outubro 31, 2013

Vamos ao trabalho

O texto que se segue foi publicado na Edição de 25 de Outubro de 2013 do Jornal Notícias de Ourém, o qual constitui a sequência de textos que irão sendo ali publicados e aqui transcritos na íntegra.

"Coluna do Meio
Vamos ao trabalho
No pretérito dia 29 de Setembro, os oureenses ditaram, de uma forma exemplarmente cívica e ordeira (através das urnas), que o MOVE – Movimento Ourém Vivo e Empreendedor, embora não tivesse sido eleito para governar a Câmara, ficasse claramente legitimado como uma alternativa democrática e de cidadania.
Após a divulgação dos resultados do escrutínio eleitoral, o presidente da Câmara agora reeleito, Paulo Fonseca, convidou o MOVE para com ele estabelecer negociações.
No que diz respeito à Câmara Municipal, e como é do conhecimento público, assinou-se, no passado dia 15 do corrente, um “Compromisso de Governabilidade” entre o MOVE e o Partido Socialista, compromisso esse que, contrariamente ao que alguns querem fazer crer, não é uma “Coligação” entre as duas forças políticas, mas apenas e tão-só um compromisso.
Mas, afinal por que razão houve necessidade de se fazer um compromisso de governabilidade para a Câmara Municipal de Ourém? A razão é muito simples: nos termos do nº 1 do Artigo 57º da Lei 169/99, de 18 de Setembro, “é presidente da câmara municipal o primeiro candidato da lista mais votada […]”, acrescentando a alínea e) do nº 2 do mesmo artigo que “para além do presidente, a câmara municipal é composta por seis vereadores nos municípios com mais de 10.000 e até 50.000 eleitores”, como é o caso do município de Ourém. Significa isto que, conhecidos que foram os resultados para a eleição da Câmara Municipal, o Partido Socialista, para além do presidente, elegeu dois vereadores, a Coligação PSD/CDS elegeu três e o MOVE um vereador, pelo que o novo elenco camarário passou a estar distribuído segundo a fórmula 3+3+1. Ora, sabendo nós que nenhuma das forças políticas mais votadas obteve a maioria, a verdade, porém, é que para validar as decisões ou deliberações da Câmara são necessários quatro votos. Depreende-se, pois, daqui a importância do vereador do MOVE no quadro da governabilidade da Câmara Municipal. Mas, chegados a este ponto, é importante também sublinhar que o Partido Socialista poderia ter optado por negociar com a Coligação PSD/CDS, mas não o fez, tendo decidido contactar o MOVE e com ele assinar o designado “Compromisso de Governabilidade”.
Por essa razão, o vereador Vítor Frazão, tal como referido na cerimónia de tomada de posse da passada sexta-feira, reitera, de forma inequívoca, que não será um vereador do Partido Socialista, como de resto de partido nenhum, mas apenas e tão-só o vereador do MOVE – Movimento Ourém Vivo e Empreendedor, que é como quem diz o vereador de todos os oureenses e sempre com a matriz de independente.
Também, e tal como afirmado naquela cerimónia, o vereador Vítor Frazão irá assegurar não só o cumprimento das cláusulas do compromisso publicamente assinado, mas também empenhar-se na defesa do desenvolvimento do concelho de Ourém e do bem-estar das suas gentes. Vítor Frazão referiu ainda que, para se alcançarem os objectivos a que os signatários se propuseram com a assinatura do já referido compromisso, isto é, para o sucesso e êxito do mesmo, urge que o conteúdo de todas as alíneas (que nele estão preceituadas e que, repartidamente, recaem sobre os ombros de ambas as partes) seja cumprido na íntegra. É, neste espírito, que o vereador Vítor Frazão modela toda a sua acção política, predispondo-se, desde já, a trabalhar em prol do nosso concelho. Para tanto, e como é seu apanágio, mais do que tricas e contra-informações, o que os oureenses esperam verdadeiramente é que deitemos todos as mãos ao trabalho.
Nota de Rodapé: sobre a eleição para presidente e secretários da mesa da Assembleia Municipal, falarei oportunamente nesta mesma coluna".

segunda-feira, outubro 21, 2013

Compromisso para o futuro

O texto que se segue foi publicado na Edição de 18 de Outubro de 2013 do Jornal Notícias de Ourém, o qual constitui a sequência de textos que irão sendo ali publicados e aqui transcritos na íntegra.


"Coluna do Meio
Compromisso para o futuro
Trago-vos hoje uma “Coluna do Meio” dividida em duas partes: uma primeira parte, que tem a ver com o agradecimento de Vítor Frazão às muitas centenas (para não dizer milhares) de cidadãos oureenses que aceitaram o repto lançado no passado dia 8 de Junho, e que culminou com o seu apoio ao projecto político do MOVE apresentado nas últimas eleições; por outro lado, uma segunda parte dedicada ao chamado “Compromisso de Governabilidade” entre o MOVE e o PS, assinado na passada terça-feira na Junta de Freguesia de Nossa Senhora da Piedade, Ourém.
1. Agradecimentos. O MOVE e Vítor Frazão têm a honra de agradecer às centenas de mandatários de freguesia que, por todo o concelho, recolheram as assinaturas, mas também a todos os que se dispuseram a assinar, aos membros do Staff que se revelaram incansáveis, às várias estruturas do MOVE, como sejam a Direcção de Campanha, a Comissão de Honra, os mandatários e os conselheiros, e ainda a todos os candidatos, mesmo os não eleitos, quer para a Câmara, quer para a Assembleia Municipal e Assembleias de Freguesia, pela sua disponibilidade, coragem e sentido de entrega e responsabilidade. E, claro, ainda uma palavra de agradecimento para o Povo do concelho de Ourém, incluindo aqueles que não votaram no MOVE e nos seus candidatos.
2. Compromisso de Governabilidade. Por seu lado, foi assinado na passada terça-feira o chamado “Compromisso de Governabilidade”, um documento proposto pelo MOVE ao PS, no qual se elencam um conjunto de pressupostos que o MOVE encara como fundamentais para uma gestão da Câmara Municipal mais serena, competente e determinada. Ao firmar o seu acordo neste documento, o PS comprometeu-se a salvaguardar, nomeadamente, os soberanos interesses dos oureenses, ouvindo para o efeito, e com a regularidade, equidade e humanismo desejáveis, as pretensões de todos os órgãos autárquicos agora eleitos, com especial incidência para as Juntas de Freguesia. Mais: o executivo municipal deverá ainda providenciar para que as propostas apresentadas pelo MOVE na campanha eleitoral sejam tidas em conta, para efeitos de execução prática das mesmas. Para além disso, o compromisso agora assinado é claro em matéria de relacionamento entre o executivo e o vereador do MOVE, Vítor Frazão: deve-se manter uma relação de reciprocidade ética entre todos os membros do executivo camarário. Vigora ainda o princípio da informação mútua, devendo a Câmara e Vítor Frazão prestar todos os esclarecimentos necessários para uma boa e esclarecida tomada de posição nas matérias em discussão, e que se venham a revelar úteis para os interesses do Povo de Ourém. Nos termos do referido compromisso, há também a garantia de que não será atribuído qualquer pelouro ao vereador Vítor Frazão, poupando-se assim no valor de um vencimento, o que não significa, porém, que o MOVE deixe de beneficiar (à semelhança, aliás, do que acontece com os vereadores a tempo inteiro) do apoio dos quadros técnicos da Câmara Municipal para a preparação dos dossiers, e de um gabinete onde possa realizar o seu trabalho autárquico. Com base nestes e noutros pressupostos, o MOVE e Vítor Frazão votarão, com sentido de responsabilidade, todas as propostas e deliberações que visem o desenvolvimento do concelho de Ourém e o bem-estar da sua população, quaisquer que sejam os seus proponentes, tal como aguarda que as propostas que venha a apresentar tenham igual tratamento. Para tal, os assuntos ou matérias serão votadas no sistema “reunião a reunião” (quer se trate de reuniões ordinárias ou extraordinárias), ou sempre que o vereador do MOVE venha a ser solicitado para o efeito. Finalmente, este “Compromisso para o futuro” vigorará durante os próximos quatro anos, e, por efeitos da “escola autárquica” que o MOVE pretende criar, aplicar-se-á independentemente do vereador do MOVE que estiver, no futuro, na Câmara Municipal".

domingo, outubro 20, 2013

Compromisso de Governabilidade da Câmara Municipal de Ourém

Compromisso de Governabilidade celebrado entre o MOVE - Movimento Ourém Vivo e Empreendedor e o Partido Socialista, assinado no passado dia 15 de Outubro, e que visa assegurar uma gestão do executivo camarário que responda aos problemas dos oureenses e contribua para o desenvolvimento sustentado de todo o concelho de Ourém:
"Os resultados das eleições do passado dia 29 de Setembro alteraram a habitual matriz da composição do executivo da Câmara Municipal de Ourém.
O novo espectro do elenco camarário apresenta a seguinte composição:
- 3 membros do Partido Socialista – o partido mais votado e reeleito
- 3 membros da Coligação “ Ourém sempre”
- 1 membro do “ MOVE – Movimento Ourém Vivo e Empreendedor”
Neste contexto, o “ MOVE – Movimento Ourém Vivo e Empreendedor”, como alternativa autárquica, foi convidado pelo Presidente reeleito para assegurar “ a Governabilidade da Câmara Municipal de Ourém” ao longo do mandato de 2013-2017.
Com elevado sentido cívico e de responsabilidade democrática, o “MOVE – Movimento Ourém Vivo e Empreendedor”, por intermédio do seu Vereador VITOR FRAZÃO, aceita garantir a governabilidade da Câmara Municipal de Ourém desde que se respeitem os seguintes pressupostos:
1º que, sejam salvaguardados, com equidade e humanismo, os soberanos interesses dos Oureenses, nomeadamente, que sejam escutadas, com regularidade, as pretensões de todos os órgãos autárquicos agora eleitos, com realce para as Juntas de Freguesia;
2º que, ao longo deste mandato se respeitem e executem - após conciliação com os restantes programas – as propostas apresentadas, aquando campanha eleitoral, pelo “MOVE – Movimento Ourém Vivo e Empreendedor”;
NOTA IMPORTANTE: Para o efeito, o “MOVE – Movimento Ourém Vivo e Empreendedor” compromete-se, a curto prazo, a elencar e a apresentar as ações, medidas e obras que pretende sejam tidas em conta pelo presente executivo, no decorrer deste mandato;
3º que, seja mantida uma ética colaboração entre a Presidência e restantes Vereadores em regime de permanência com o Vereador do “MOVE- Movimento Ourém Vivo e Empreendedor” VITOR FRAZÃO, comprometendo-se este a praticar a reciprocidade;
4º que, o Vereador VITOR FRAZÂO exige ser informado, atempadamente, de todas as decisões que venham a ser necessárias tomar em reunião de Câmara ou fora dela e a ser célere e responsável na sua resposta;
5º que, o Vereador VITOR FRAZÃO, retirando-se, temporariamente, do projeto empresarial que até agora liderava, desempenha as suas funções, sem atribuição de Pelouros, economizando a favor do erário camarário, à exceção das senhas de presença nas reuniões, as despesas inerentes ao vencimento dum Vereador;
6º que, o Vereador VITOR FRAZÃO, visando criar escola autárquica e de cidadania, cederá, em tempo oportuno, o seu lugar a outro elemento do “MOVE – Movimento Ourém Vivo e Empreendedor” alistado na candidatura à Câmara Municipal;
7º que, o Vereador VITOR FRAZÃO, beneficie, à semelhança dos Vereadores a tempo inteiro:
a) duma equipa constituída por elementos dos Quadros da Câmara Municipal que prepare os dossiers a agendar para as reuniões de Câmara;
b) dum gabinete onde possa reunir, analisar e estudar todos os dossiers de âmbito camarário, de modo a sustentar e fundamentar as suas decisões e votações, sem prejuízo de poder contra propor;
8º que, sejam facultados todos e quaisquer elementos que venham a ser solicitados por iniciativa própria do Vereador VITOR FRAZÃO - para além dos que se referem aos processos agendados para análise nas reuniões de Câmara - com vista a fundamentar propostas a apresentar;
9º que, o Vereador VITOR FRAZÃO votará, com sentido de responsabilidade, todas as propostas/deliberações que visem o desenvolvimento do Município e o bem-estar da sua população, independentemente dos seus proponentes, tal como aguarda que as propostas do “MOVE – Movimento Ourém Vivo e Empreendedor” tenham igual tratamento;
10º que, o Vereador VITOR FRAZÃO votará os assuntos ou matérias reunião a reunião (ordinárias ou extraordinárias) ou sempre que vier a ser solicitado para o efeito pelo Exmo. Sr. Presidente da Edilidade;
11º que, este compromisso de governabilidade vigorará independentemente do Vereador do “MOVE – Movimento Ourém Vivo e Empreendedor” que vier, no futuro, a substituir o Vereador VITOR FRAZÃO;
12º que, este compromisso de governabilidade seja assinado, pelas duas partes, em ato público e devidamente divulgado aos Oureenses.

Ourém, 2013.10.15".  

quinta-feira, outubro 17, 2013

HACHIKO, um amigo para sempre!

Esta é uma história baseada em acontecimentos verídicos ocorridos no Japão durante as décadas de 20 e 30 do século passado. Nela se conta a emocionante relação de amizade e carinho entre um cão de raça ´Akita´, uma raça conhecida pela sua lealdade, e o seu dono, um professor universitário de Tóquio. Em 2009 esta história chega ao cinema através de um filme dramático de Lasse Hallström, com Richard Gere e Joan Allen nos principais papéis.

Em 1924, Hidesaburo Ueno, um professor do departamento de agricultura da Universidade de Tóquio, trouxe para esta cidade um cão de raça ´Akita´, uma raça de cães conhecida no Japão por ser extremamente leal ao seu dono. O professor Ueno, um grande amante de cães, baptiza-o com o nome de ´Hachi´ (Hachiko é o diminutivo de Hachi).
Assim, todos os dias de manhã, Hachiko acompanhava o professor desde a sua casa até à estação de comboios de Shibuya, um bairro de Tóquio, e voltava ao final da tarde para esperar pelo seu dono. Para todos aqueles que frequentavam a estação ou trabalhavam por ali, a visão dos dois, que chegavam juntos de manhã e voltavam para casa juntos ao final da tarde, não podia deixar de impressionar todos profundamente. Esta rotina continuou até à primavera do ano seguinte, quando numa tarde de Maio o professor não voltou como era costume. A 21 de Maio de 1925, o professor Ueno sofreu um AVC durante uma reunião do corpo docente na universidade e morreu. Dizem os relatos da altura que, na noite do velório, Hachiko partiu as portas de vidro, entrou na sala e passou a noite deitado ao lado do dono. Ou ainda que, quando chegou a hora de colocar alguns objectos pessoais dentro do caixão, Hachiko saltou lá para dentro e tentou resistir a todas as tentativas para removê-lo.

Depois da morte do professor Ueno, Hachiko foi enviado para casa de familiares do professor em Asakusa, no leste de Tóquio, tendo fugido diversas vezes voltando para a casa em Shibuya. Mais tarde, foi entregue ao ex-jardineiro do professor, uma pessoa que o conhecia desde pequeno, mas o cão fugia e voltava sempre para a casa do professor. Ao perceber que o professor já não vivia lá, Hachiko ia todos os dias à estação de Shibuya, como tinha feito no passado, na esperança de encontrar outra vez o seu dono e amigo. A figura permanente do cão à espera do dono, atraiu a atenção das pessoas. Algumas delas, frequentadoras habituais da estação, já tinham visto Hachiko e o professor indo e vindo diariamente no passado. Percebendo que o cão esperava em vão a vinda do dono, ficaram tocadas e começaram a trazer comida e petiscos para aliviar a sua dor. Durante nove anos seguidos, Hachiko aparecia ao final da tarde na estação, precisamente no momento de desembarque, na esperança de reencontrar o seu dono. Hachiko finalmente começou a ser compreendido pelas pessoas na estação de Shibuya. Uma delas, um aluno do professor Ueno, também ele amante de cães, ao conhecer a história de Hachiko, começou a publicar diversos artigos sobre a lealdade do cão em jornais locais. Mais tarde, a história chegou a um grande jornal nacional, todo o povo japonês ficou a saber e o cão tornou-se uma celebridade. A sua dedicação à memória do dono impressionou toda a gente. Pais e professores usavam Hachiko como exemplo para educar as crianças. Porém, a fama repentina de Hachiko pouca diferença fez na sua vida. Continuou exactamente a ser da mesma maneira. Todos os dias partia para a estação e esperava lá pelo professor para regressarem juntos a casa. Em 1929, Hachiko contraiu uma caso de sarna que quase o matou. Devido aos anos passados nas ruas, começou a ficar magro e com feridas das lutas com outros cães. Uma das orelhas já não se punha de pé. Entretanto envelheceu, tornou-se muito fraco e sofria de ´dirofilariose´, um verme que ataca o coração.


Na madrugada do dia 8 de Março de 1934, com a idade de 11 anos, Hachiko morreu na estação de comboios, depois de 9 anos e dez meses de espera. A morte de Hachiko apareceu nas capas dos principais jornais do país, o que deixou muita gente inconsolável. Um dia de luto foi decretado. Os seus ossos estão sepultados ao lado do professor Ueno, no cemitério de Aoyama, em Tóquio. A sua pele foi preservada, servindo para embalsamar uma figura de Hachiko que pode ser observada no Museu Nacional de Ciências em Ueno, Tóquio.
A 21 de Abril de 1934, uma estátua de bronze de Hachiko, esculpida pelo famoso escultor Tern Ando, foi erguida em frente da bilheteira da estação de Shibuya, com um poema gravado em cartaz intitulado “Linhas para um cão leal”.

A cerimónia de inauguração foi um grande acontecimento, com a participação do neto do Professor Ueno e uma grande multidão de pessoas. Pelo país fora a fama de Hachiko espalhou-se e a raça ´Akita´ cresceu. Porém, mais tarde, a figura e a lenda de Hachiko foi distorcida e usada como símbolo de lealdade ao Estado, aparecendo em propaganda que difundia o fanatismo nacionalista que acabaram por conduzir o país à 2ª Guerra Sino-Japonesa, no final da década de trinta, e também à 2ª Guerra Mundial. Lamentavelmente, a primeira estátua foi removida e derretida para contribuir no chamado “esforço de guerra”, isto é, na produção de armamento durante a 2ª Guerra Mundial, em Abril de 1944. No entanto, em 1948, uma réplica foi feita pelo filho do escultor original, Takeshi Ando, e reintegrada no espaço original da anterior, numa cerimónia em 15 de Agosto. Esta é a estátua que está hoje na estação de Shibuya, e é um ponto de encontro extremamente famoso e popular. Todos os anos, no dia 8 de Abril, é realizada uma cerimónia solene em homenagem à história do cão leal. A lealdade dos cães de raça ´Akita´ já era conhecida pelo povo japonês há muito tempo. Em algumas regiões do Japão, são incontáveis as histórias de cães desta raça que perderam as suas vidas ao defenderem a vida dos seus proprietários. Onde quer que estejam estes cães têm sempre um “dos olhos” voltados para aqueles que deles cuidam. Por causa disso, o cão de raça ´Akita´ tornou-se património nacional do povo japonês, tendo sido proibida a sua exportação. Se algum proprietário não tiver condições financeiras para manter o seu ´Akita´, o Estado assume a sua guarda.

A.P.


Cartaz do filme

segunda-feira, outubro 14, 2013

Malala, um exemplo de coragem!


Malala Yousafzai, nasceu em Mingora, uma localidade no norte do Paquistão, situada no chamado Vale do Swat, a 12 de Julho de 1997. Aos 13 anos alcançou a notoriedade ao escrever um blog para a BBC sob o nome de Gul Makai, no qual defendia, entre outras coisas, o direito à educação das crianças no Paquistão.
Para quem não sabe, em países como o Paquistão, o Afeganistão ou o Sudão, por exemplo, as escolas são bastante diferentes daquelas a que estamos habituados a ver no chamado mundo civilizado, especialmente se estiverem situadas em zonas controladas por ´talibãs´.  Nestas zonas, as verdadeiras escolas são arrasadas à bomba e substituídas por umas coisas com o nome fantástico de ´Madrassas´. Aqui, o ensino das ciências, da matemática ou de qualquer outra coisa, é substituído pelo ensinamento do Corão na sua vertente mais radical. É aqui que começa a lavagem cerebral das crianças, onde se incute o ódio e o fanatismo religioso, perpetrados por uma bicharada que ainda vive na idade da pedra, e que tem como objectivo supremo combater os “infiéis”, implementar a “sharia” nestes países e conquistar o resto do mundo. Enfim, ao que chega o delírio destes imbecis!
Na tarde de 9 de Outubro do ano passado, Malala e mais um pequeno grupo de raparigas regressavam a casa numa pequena carrinha vindas da escola, quando subitamente foram atacadas por dois ´talibãs´. Malala, foi barbaramente atingida com uma bala na cabeça. Outras duas estudantes também foram feridas neste acto selvagem. Malala, em pior estado, foi evacuada de helicóptero para um hospital militar em Rawalpindi, onde foi operada.
O ataque foi condenado pela comunidade internacional, através de figuras tão díspares como, por exemplo: Asif Ali Zardari, presidente do Paquistão, Susan Rice, diplomata norte-americana, Desmond Tutu, Ban Ki-Moon, Barack Obama, Hillary Clinton, Laura Bush ou Madonna. Do presidente da Comissão Europeia, o nosso Barroso, não tenho conhecimento que tenha feito alguma referência ao caso…
A 15 de Outubro, Malala foi transferida para o hospital Queen Elizabeth em Birmingham, Inglaterra, para continuar a sua recuperação. Após quase 3 meses de internamento, Malala deixa finalmente o hospital a 4 de Janeiro deste ano.
No dia 12 de Julho, dia do seu 16º aniversário, Malala discursa na Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque, onde é ovacionada de pé. No seu discurso volta a vincar os seus ideais de paz e a sua luta pela educação das raparigas. Torna-se um ícone para todos aqueles que querem ultrapassar a violência e a intolerância.
[…] “Vamos pegar nos nossos livros e canetas. Elas são as nossas armas mais poderosas. Uma criança, um professor, um livro e uma caneta, podem mudar o mundo. A educação é a única solução.” […]
Esta foi a sua primeira aparição pública depois do ataque.
A 3 de Setembro, inaugurou em Birmingham a maior biblioteca pública da Europa.
A 10 de Outubro, foi galardoada com o Prémio Sakharov atribuído pelo Parlamento Europeu.
Na mesma altura, foi nomeada para o Nobel da Paz, galardão que não viria a receber como se sabe, mas que ela achava ainda não merecer, pois ainda não tinha feito o suficiente.

Na passada sexta-feira, dia 11, foi recebida por Barack Obama na Casa Branca. Antes do
fim do ano será recebida por Isabel II, rainha de Inglaterra.


Alguns prémios e honrarias:
- Prémio Nacional da Paz da Juventude (2011)
- Prémio Sitara e Shujjat – Prémio Coragem, terceira maior distinção no Paquistão (2012)
- Revista Foreign Policy – Lista Top 100 para pensadores globais (2012)
- Revista Time – Lista das pessoas mais influentes (2012)
- Prémio Madre Teresa para a Justiça Social (2012)
- Prémio Romano pela Paz e Acção Humanitária (2012)
- Prémio Simone de Beauvoir (2013)
- Prémio Fred e Anne Jarvis da União Nacional dos Professores do Reino Unido (2013)
- Prémio Internacional da Catalunya (2013)
- Prémio Anna Politkovskaya (2013)


Autobiografia publicada em Outubro 2013
Penso que não ficaria nada mal ao Presidente da República, pessoa que gosta tanto de condecorar os “amigos”, convidar esta criança a vir ao nosso país, aproveitando até o facto de estarmos em tempo de escola, e dá-la a conhecer às nossas crianças, levando-a a visitar uma escola ou uma instituição de apoio a crianças. Esta história recorda-me o ano de 2005, quando Jorge Sampaio era Presidente da República, e aproveitou a vinda a Portugal da banda irlandesa U2 para os condecorar, nomeadamente o seu líder e vocalista, Bono, com a Ordem da Liberdade, pelas suas acções humanitárias em todo o mundo. O problema é que Cavaco não é Sampaio, e na sua imensa cobardia prefere não se meter nestas coisas, talvez por temer represálias dos fundamentalistas islâmicos…


A.P.

Pós-eleições (Parte 2)

O texto que se segue foi publicado na Edição de 11 de Outubro de 2013 do Jornal Notícias de Ourém, o qual constitui a sequência de textos que irão sendo ali publicados e aqui transcritos na íntegra.


"Coluna do Meio
Pós-eleições (Parte 2)
Ao terminar o texto da semana passada desta “Coluna do Meio” com a ideia de que era impensável para muitos, até aqui há bem pouco tempo, que o MOVE – Movimento Ourém Vivo e Empreendedor iria conseguir implantar-se e criar raízes no concelho de Ourém, mal poderia eu imaginar que a recontagem dos votos, nomeadamente ao nível da Assembleia de Freguesia de Nossa Senhora da Piedade, viria a revelar um resultado eleitoral bem diferente daquele que havia sido inicialmente vaticinado, e que atribuía sete mandatos ao Partido Socialista, cinco mandatos à Coligação Ourém Sempre e um mandato ao MOVE.
Pois bem, após a referida recontagem de votos, o Partido Socialista perdeu um mandato, passando a ter seis, a Coligação Ourém Sempre subiu um, ficando também com seis, sendo que o MOVE manteve o mandato que já tinha.
Ora, na prática isto significa que o MOVE não só conseguiu eleger um mandato para a Assembleia de Freguesia de Nossa Senhora da Piedade, como também o seu mandato é agora uma espécie de “fiel da balança”, posto que num dos pratos temos o Partido Socialista com seis mandatos e, no outro, a Coligação Ourém Sempre com igual número.
Embora o número de mandatos seja diferente na eleição para a Câmara Municipal, o cenário político ou de governabilidade é, porém, o mesmíssimo, isto porque houve também um empate entre o número de mandatos obtidos pelo Partido Socialista (três) e pela Coligação Ourém Sempre (três), elegendo o MOVE, desta feita, o mandato remanescente.
Estes resultados colocam-nos perante uma evidência de que já venho falando há algum tempo e que não podemos escamotear: o MOVE não era e não é um “epifenómeno”, é antes uma realidade que se consolidou no concelho de Ourém e que o Povo sufragou no passado dia 29 de Setembro.
E é importante recordar aqui que o MOVE partiu para estas eleições numa posição de clara desvantagem em relação aos partidos políticos: do zero e com, praticamente, apenas seis meses para pôr de pé a campanha eleitoral, o MOVE não baixou os braços à luta e foi para o terreno, com os seus parcos recursos, disseminar a sua mensagem política e os seus propósitos ou objectivos eleitorais.
Em resposta ao apelo formulado pelo MOVE, a população do concelho de Ourém reconheceu este esforço enorme, votou expressivamente no Movimento Ourém Vivo e Empreendedor (cerca de 2.700 votos, quer para a Câmara, quer para a Assembleia Municipal não é, com certeza, coisa pouca), para além de ter ainda mostrado claramente que cada vez mais as pessoas começam a olhar para os movimentos independentes de cidadãos, já não como simples organizações constituídas apenas por gente “ressabiada” ou como meros “apêndices” dos partidos, mas antes como uma alternativa séria e credível a esses mesmos partidos políticos.
Por tudo isto e quando disse, no texto de há uma semana atrás, que os dados estavam lançados e havia que tirar as devidas ilações, mais não foi minha intenção senão dizer-vos isto mesmo: que o MOVE é já um movimento consolidado no nosso concelho, que temos todos de respeitar a decisão do Povo, que é – como todos sabemos – soberano nas decisões que toma, e que agora iremos, eu próprio e o MOVE, trabalhar afincadamente em benefício do concelho e do Povo de Ourém.
Confirma-se agora o que escrevi, noutra banda e a dada altura da campanha eleitoral: que não me parecia que viesse daí algum mal ao mundo o facto de um grupo de cidadãos se ter juntado para participar num projecto político alternativo de cidadania, pela primeira vez em Ourém! De facto, o Povo votou e comprovou este presságio. Ourém só tem a ganhar com isso".
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