Vamos ao trabalho
O texto que se segue foi publicado na Edição de 25 de Outubro de 2013 do Jornal Notícias de Ourém, o qual constitui a sequência de textos que irão sendo ali publicados e aqui transcritos na íntegra.
"Coluna do Meio
Vamos ao trabalho
No pretérito dia 29 de
Setembro, os oureenses ditaram, de uma forma exemplarmente cívica e ordeira
(através das urnas), que o MOVE – Movimento Ourém Vivo e Empreendedor, embora
não tivesse sido eleito para governar a Câmara, ficasse claramente legitimado
como uma alternativa democrática e de cidadania.
Após a divulgação dos
resultados do escrutínio eleitoral, o presidente da Câmara agora reeleito,
Paulo Fonseca, convidou o MOVE para com ele estabelecer negociações.
No que diz respeito à
Câmara Municipal, e como é do conhecimento público, assinou-se, no passado dia
15 do corrente, um “Compromisso de Governabilidade” entre o MOVE e o Partido
Socialista, compromisso esse que, contrariamente ao que alguns querem fazer
crer, não é uma “Coligação” entre as duas forças políticas, mas apenas e tão-só
um compromisso.
Mas, afinal por que
razão houve necessidade de se fazer um compromisso de governabilidade para a
Câmara Municipal de Ourém? A razão é muito simples: nos termos do nº 1 do Artigo
57º da Lei 169/99, de 18 de Setembro, “é presidente da câmara municipal o
primeiro candidato da lista mais votada […]”, acrescentando a alínea e) do nº 2
do mesmo artigo que “para além do presidente, a câmara municipal é composta por
seis vereadores nos municípios com mais de 10.000 e até 50.000 eleitores”, como
é o caso do município de Ourém. Significa isto que, conhecidos que foram os
resultados para a eleição da Câmara Municipal, o Partido Socialista, para além
do presidente, elegeu dois vereadores, a Coligação PSD/CDS elegeu três e o MOVE
um vereador, pelo que o novo elenco camarário passou a estar distribuído
segundo a fórmula 3+3+1. Ora, sabendo nós que nenhuma das forças políticas mais
votadas obteve a maioria, a verdade, porém, é que para validar as decisões ou
deliberações da Câmara são necessários quatro votos. Depreende-se, pois, daqui
a importância do vereador do MOVE no quadro da governabilidade da Câmara
Municipal. Mas, chegados a este ponto, é importante também sublinhar que o
Partido Socialista poderia ter optado por negociar com a Coligação PSD/CDS, mas
não o fez, tendo decidido contactar o MOVE e com ele assinar o designado
“Compromisso de Governabilidade”.
Por essa razão, o
vereador Vítor Frazão, tal como referido na cerimónia de tomada de posse da
passada sexta-feira, reitera, de forma inequívoca, que não será um vereador do
Partido Socialista, como de resto de partido nenhum, mas apenas e tão-só o
vereador do MOVE – Movimento Ourém Vivo e Empreendedor, que é como quem diz o
vereador de todos os oureenses e sempre com a matriz de independente.
Também, e tal como
afirmado naquela cerimónia, o vereador Vítor Frazão irá assegurar não só o
cumprimento das cláusulas do compromisso publicamente assinado, mas também
empenhar-se na defesa do desenvolvimento do concelho de Ourém e do bem-estar
das suas gentes. Vítor Frazão referiu ainda que, para se alcançarem os
objectivos a que os signatários se propuseram com a assinatura do já referido
compromisso, isto é, para o sucesso e êxito do mesmo, urge que o conteúdo de
todas as alíneas (que nele estão preceituadas e que, repartidamente, recaem
sobre os ombros de ambas as partes) seja cumprido na íntegra. É, neste
espírito, que o vereador Vítor Frazão modela toda a sua acção política,
predispondo-se, desde já, a trabalhar em prol do nosso concelho. Para tanto, e
como é seu apanágio, mais do que tricas e contra-informações, o que os
oureenses esperam verdadeiramente é que deitemos todos as mãos ao trabalho.
Nota de Rodapé: sobre a eleição para
presidente e secretários da mesa da Assembleia Municipal, falarei oportunamente
nesta mesma coluna".
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