1.
Em primeiro lugar, permita-me dizer-lhe que o texto a que a senhora faz referência foi publicado em 22-06-2010,às 20h28, no Blog denominado “iNovOurem” (http://inovourem.blogs.sapo.pt), do
qual eu era, à época, co-autor. Aliás, se tivesse tido o cuidado e a
amabilidade de ler a referência da publicação podia facilmente constatar que
nela se diz: “Publicado por João Carlos Pereira & Friends, em 22-06-2010 às
20:28”.
2.
Para além disso, o texto encontra-se redigido na primeira pessoa do plural, ou
seja “nós”, o que significa (em português, em termos gramaticais e para bom
entendedor) que a sua autoria não é de uma pessoa “de per si”, mas de duas ou mais. Julgo que é um dado importante
que, infelizmente e de forma certamente deliberada, se esqueceu de mencionar.
3.
Em terceiro lugar, permita-me dizer-lhe que a senhora não foi séria nem justa
quando quis fazer crer aos oureenses que o texto em análise era da minha única
responsabilidade, porquanto o que deveria ter escrito era: “Depois de ler o que
publicaram no vosso Blog… não me resta outra alternativa que não seja
interpelá-los publicamente, uma vez que, no vosso escrito, fazem referência ao
meu pai…”.
4.
Mais, para além de não ter sido séria e de ter propositadamente ocultado toda a
verdade aos oureenses (o que significa que, de forma consciente, lhes mentiu),
a senhora esperou pelo dia 27 de Setembro para chafurdar na lama e fazer
publicar uma triste e vil Interpelação Pública, visando a minha pessoa, não me
dando qualquer hipótese de exercer o meu direito de resposta ainda antes das
eleições autárquicas. Trata-se, claramente, de um golpe baixo e sujo, mas os
golpes baixos e sujos costumam ficar com a minudência de quem os pratica.
5.
É também curioso o momento que escolheu para me dirigir a sua escabrosa Interpelação
Pública sobre um texto datado de Junho de 2010, a qual, note-se bem, foi
publicada neste mesmo jornal a apenas dois dias das eleições autárquicas. É
caso para perguntar: Minha rica senhora, onde esteve você durante todo este
tempo e qual a razão por que só agora e mais de três anos depois se lembrou de
vir a público em defesa da honra e do bom nome do seu pai?
6.
Deixe-me elucidá-la, e dizer-lhe que no passado dia 25 de Setembro de 2012, por
circunstâncias várias, decidi abraçar pessoalmente o projecto do Blog “iNovOurem”,
tendo o mesmo passado a estar alojado em “http://inovourem.blogspot.pt”, neste domínio precisamente. Se não
percebe português, eu explico-lhe o que este parágrafo quer dizer: significa
que, a partir do dia 25 de Setembro do ano passado, eu sou o único autor,
escritor e gestor do Blog “iNovOurem”.
7.
Considero, com a devida vénia, que a atitude da senhora foi cobarde e pouco
honesta, ao ter permitido que outros ainda mais cobardes, corruptos e fúteis
lhe tivessem contado esta história, coincidentemente em período de eleições,
uma história já com mais de três anos de existência, e a tivessem obrigado a
publicá-la neste jornal, apenas com o reles objectivo de denegrir a minha
imagem política e pública.
8.
Por outro lado, a senhora teria sido mais simpática e verdadeira se tivesse
transcrito, na sua Interpelação Pública, esta simples frase que está também no
texto que tanto a chocou: “É preciso dizer que nada temos
contra estas duas pessoas. São homens que imprimiram o seu esforço e a sua
dedicação à «Causa de Ourém», homens de princípios e valores humanistas,
certamente, e que, nas áreas onde exerceram as suas actividades, não temos dúvidas
que procuraram dar sempre o seu melhor”.
9. E veja que mais uma vez estamos
embrenhados em problemas simples de pura gramática. No texto a que se refere
diz-se: “Comparando com estas duas
figuras ilustres, íntegras e de uma
bondade e altivez extremas, o que raio fizeram então aqueles dois senhores por
Ourém para terem o seu nome numa rua? O que é que deram a Ourém? Deram alguma
coisa sem contrapartidas?”.
10. Quer isto dizer, que as citações
que faz na sua Interpelação Pública estão propositadamente erradas e induzem em
erro os nossos (e)leitores. E isso não é bom, nem abona a favor da democracia.
11. Também lhe posso assegurar que
não é preciso ser bombeiro, professor ou doutor para se poder fazer alguma
coisa pela Causa Pública. Pergunte, por exemplo, aos colaboradores de uma
famosa empresa do ramo automóvel da nossa cidade se, enquanto superior
hierárquico deles, alguma vez os mal tratei ou ofendi, e se não os ajudei e
respeitei sempre.
12. Respeitar o próximo na plenitude
das suas qualidades e defeitos é também uma virtude e um gesto de cidadania e,
por isso, um acto de defesa da Causa Pública. Enquanto professora, acho que a
senhora deveria estar mais ciente dos valores da cidadania e do que significa
defender a Causa Pública. Assim, evitaria que lhe chamassem burra e não
escreveria coisas tontas e patetas. Mas, está sempre a tempo de aprender. E, já
agora, se deixar de olhar apenas para o seu próprio umbigo, verá que valerá a
pena constatar que há uma sociedade e um mundo à sua volta.
13. E, é verdade, também eu não lhe
reconheço qualquer autoridade moral para fazer juízos de carácter acerca da
minha pessoa. Assim, neste ponto, estamos quites.
14. Permita-me, ainda, a falta de
modéstia, mas a senhora enganou-se: é que já só me faltam oito anos para chegar
aos 50 anos de bem-fazer.
15. Já agora, devolvo-lhe a pergunta
que me dirigiu: o que já fez a senhora em defesa da Causa Pública, e que a leva
a colocar-se em bicos dos pés e a julgar que é mais importante do que os
outros?
16. Quanto à autoria do texto e
demais pormenores que repute oportunos, bom, terei todo o gosto em dizer-lhe em
privado, mas desde já garanto-lhe que é de pessoas frontais como eu, grisalhas,
que sabem bem do que falam e que têm tanto ou mais autoridade moral que a
senhora para se exprimir sobre quem quer que seja, contanto que digam sempre a
verdade, e somente a verdade, como foi o caso.
17. Deixe-me dizer-lhe também, com
toda a naturalidade, que não concordo com propostas nem aceitações do género
daquelas que está aqui em discussão, mas respeito-a completamente. E sabe
porquê? Porque me considero um humilde democrata, e porque ando desde os cinco
anos de idade a tentar fazer alguma coisa em defesa da Causa Pública (já é uma
tradição da minha família, que vem de há muito tempo…).
18. Finalmente, creia-me, estimada
senhora, que responder a Interpelações como a sua, também é um contributo que
prestamos à Causa Pública, mais não seja porque somos obrigados a explicar às
outras pessoas que os factos por si narrados têm um contexto diferente daquele
que, asnaticamente, quis fazer crer.
Atentamente,
João
Pereira
Os partidos servem-se de pessoas menos esclarecidas, como esta senhora, para fazer política baixa.
ResponderEliminarObrigado João, por esclareceres os Oureenses destes golpes sem qualificação!
Chegue-se à frente senhor João, e publique isto no noticias de Ourem! Assim a localidade que tanto aprecia servir fica a saber a fibra, nível e o tom visivelmente conciliador, informado e nada condescendente com que o senhor resolve e esclarece conflitos. De resto, deixo a reacção apropriada para a visada no seu texto. Assina o filho da mesma.
ResponderEliminarDe facto, o meu direito de resposta era para sair no Jornal Notícias de Ourém, até cheguei a enviá-lo para lá, mas como fui confrontado com o facto de ter de pagar por um direito que me assiste, desisti da publicação. Era caro. Quanto ao tom do discurso, bom, como pode ver pelo comentário anterior, nem todos pensam como o senhor. E já agora, tem andado por Ourém ou também anda três anos atrasado?
Eliminar