E perguntarão vocês porque falo aqui de equilíbrio. A razão deve-se à existência de diversos tipos de desequilíbrios no nosso concelho e que urge corrigir - falarei aqui de dois mas evidentes e graves. E porque sou da opinião de que, quem apresenta um problema deve ser o primeiro a propor uma solução, num próximo post falarei de possíveis respostas a dar aos desequilíbrios de que falo aqui.
Desequilíbrio demográfico: na grande maioria dos concelhos do chamado “interior” verificam-se perdas demográficas assinaláveis. No nosso concelho de Ourém, não podemos dizer que essas perdas são demasiado graves quando consideramos o concelho como um todo. Contudo, o mesmo não se pode afirmar quando se fala do que se passa no interior do concelho. De facto, existem freguesias com perdas enormíssimas de residentes; algumas aldeias correm o risco de ficar completamente desertas durante os próximos 10 ou 20 anos. É um desequilíbrio muito grave e há que atuar urgentemente para o corrigir.
Desequilíbrio económico: É um problema nacional, mas que no concelho de Ourém assume especial gravidade. Já tivemos um concelho agrícola, já tivemos um concelho industrial e de construtores, e neste momento temos um concelho centrado em comércio e serviços. A agricultura tem um peso quase residual; a indústria perdeu muita da sua pujança. Resta-nos o comércio e os serviços como grandes forças impulsionadoras da economia concelhia nos últimos anos. Contudo, as fragilidades de um modelo de desenvolvimento deste género são muitas, e a atual crise pandémica colocou-as a nu e de forma “dolorosa”. Atuar no sentido de tornar o concelho de Ourém mais equilibrado e diversificado em termos de atividades económicas, geradoras de emprego e de valor, deve ser uma preocupação e um desafio fundamental da autarquia.
Porque acredito que o MOVE – Movimento Independente pode fazer parte da solução para estes e muitos outros problemas do nosso concelho, colocando-o no rumo do progresso social e económico; porque me revejo inteiramente nos seus princípios fundamentais dos quais destaco os valores humanistas, tantas vezes mencionados, mas outras tantas vezes esquecidos; porque é um movimento independente e local, e por isso não-refém de influências e diretivas partidárias que ao nível local funcionam muitas vezes como limitadores da ação; porque o seu líder, o Dr. Vítor Frazão, bem como todos quantos a ele se associaram, têm vindo a demonstrar capacidade de intervenção e de entrega ao bem comum da nossa terra; por tudo isto aceitei o desafio e aderi ao MOVE como seu apoiante.
Paulo Nunes
Apoiante de Ourém, apoiante dos Oureenses, apoiante do MOVE
Freguesia de Rio de Couros e Casal dos Bernardos
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