Ler faz bem
O texto que se segue foi publicado na Edição de 28 de Fevereiro de 2014 do Jornal Notícias de Ourém, o qual constitui a sequência de textos que irão sendo ali publicados e aqui transcritos na íntegra.
"Coluna do Meio
Ler faz bem
Enquanto uns se
distraem com pequenas questiúnculas ou minudências que a actualidade política
local vai despertando, outros, pelo contrário, continuam na senda das promessas
que fizeram aos eleitores nas últimas eleições, pois isso é o mais importante e
a pedra de toque que os faz mover em direcção ao futuro. Ora, é neste último
cenário que se encontra o MOVE – Movimento Ourém Vivo e Empreendedor, e é neste
campo que a sua actividade política gravita e encontra a sua expressão máxima.
Só no presente mandato, entre propostas, declarações de voto, votos de louvor e
de pesar, recomendações e requerimentos, o MOVE já leva mais de meia centena de
documentos apresentados pelo vereador Vítor Frazão na Câmara Municipal de Ourém,
o que atesta muito sobre a preocupação e a sensibilidade que os problemas dos
oureenses representam para este movimento de cidadãos.
A este propósito, toda
a actividade política que o MOVE tem desenvolvido, quer na Câmara, quer na
Assembleia Municipal e Assembleias de Freguesia, atesta ainda uma outra coisa
que considero de vital importância, e que tem a ver com a alegada falta de
independência do MOVE em relação ao PS apenas pelo facto de terem assinado, já
depois das eleições, um compromisso de governabilidade para a Câmara Municipal.
Nessa altura, recorde-se, uma das teses dominantes era a de que o MOVE se tinha
vendido ao PS e que era agora a nova muleta dos socialistas. Ora pois bem, nada
mais patético e enganador. A despeito de muitos insistirem no contrário, a
verdade é que nem o MOVE é o PS, nem o PS é o MOVE. São duas realidades
completamente distintas, cada uma com vida própria, que pensam com as suas
próprias cabeças e que apenas têm em comum o facto de terem celebrado um acordo
para assegurar a governabilidade na Câmara Municipal. De resto, é bom termos
presente que um dos pressupostos plasmados no tão famigerado compromisso diz
respeito precisamente à necessidade de serem salvaguardados, com equidade e
humanismo, os soberanos interesses dos oureenses, designadamente que sejam escutadas
com regularidade as pretensões de todos os órgãos autárquicos democraticamente
eleitos. Noutro passo, recorde-se ainda o pressuposto de que o vereador Vítor
Frazão votará, de forma responsável, todas as propostas e/ou deliberações que
visem o desenvolvimento do município e o bem-estar da sua população, independentemente
dos seus proponentes e sem prejuízo de as propostas do MOVE terem igual
tratamento.
E não se pense que o
MOVE, abstendo-se da sua identidade, votará sempre alinhado com o PS. Acaso
alguma proposta da maioria não se vislumbre benéfica nem útil para a resolução
dos problemas concretos das pessoas (como já foi o caso), o vereador Vítor
Frazão não hesitará em votar contra se isso for o que o interesse público
ditar. Mas, para compreendermos este estado de espírito, seria útil que todos
fossemos acompanhando, de forma séria e regular, o que o MOVE tem vindo a fazer
em termos de política autárquica. Para isso, é fundamental que, ao invés de
embarcarmos na primeira crítica leviana que encontrarmos pela frente, todos nos
permitamos ler o que a este respeito se vai escrevendo por aí. No que me toca, tenho
o hábito de ler todos os textos dos colonistas que ladeiam esta “Coluna do
Meio”, tanto os da esquerda como os da direita, e não serei cínico ao ponto de
não assumir aqui que muitos desses textos são tudo menos enfadonhos. É que sou
daquelas pessoas que pensa que ler faz bem, exercita o nosso cérbero, dá-nos conhecimento
e capacidade de raciocínio, para além de nos ensinar a não dar erros de
palmatória ou “pontapés na gramática”. Já para não falar de que ler, sobretudo o
que os outros escrevem, constitui também um sinal de respeito por quem escreve
e por aquilo que escreve".
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