Olá a todos,
Não tem sido fácil nem pacifico o meu trabalho enquanto
membro da Assembleia de Freguesia. Assertiva e reiteradamente tenho defendido
os meus ideais: honestidade, seriedade e humildade sem nunca perder de vista os
reais interesses dos Atouguienses. Tenho sido coerente nas propostas que
apresento, recetivo e atento às propostas e projetos apresentados pelas
diversas individualidades e entidades. A procura da melhor solução para a
satisfação das necessidades coletivas ou mesmo individuais com o mínimo
prejuízo para o todo ou para cada um em particular e, a rentabilização dos
meios de modo a prestar mais e melhores serviços, por vezes, tem levado a
discussões mais acesas, mas sem nunca me distanciar do respeito que cada um
merece enquanto pessoa e cidadão, respeitando e exigindo também respeito pelo
cargo institucional que cada um aqui representa.
Ao executivo cabe executar, como o próprio nome
institucional sugere e indica, ao órgão deliberativo, consequentemente, cabe
deliberar. Não tenho intenção de “tomar de assalto” nenhum lugar no executivo
ou muito menos substituir-me au executivo, nem substituir nenhum membro da mesa
da Assembleia sem que para isso tenha sido legitimamente mandatado, mas é um
dever e direito institucional a que estou vinculado enquanto membro efetivo
desta Assembleia; fiscalizar o executivo conforme a alínea i) do nº 2 do Art.º
9º da Lei nº 75/2013 de 12 de setembro. Também é competência e um direito da
assembleia, DELIBRAR! No que à Assembleia diga respeito; que é nem mais nem
menos que, dar sugestões, ouvir sugestões pedir justificações e pareceres e
finalmente deliberar sobre as decisões, votadas ou consensuais, conforme o Art.º
9º da Lei nº 75/2013 de 12 de setembro.
Este meu discurso pode parecer reiterado, mas repeti-lo-ei
tantas vezes quantas necessárias até que, sinta que haja rigor e transparência
nos diferentes órgãos autárquicos, quer a nível executivo, deliberativo e nas
mais diversas formalidades e protocolos, exigindo o respeito para com a
Constituição Portuguesa pelas leis da Republica e respetivo regimento desta
Assembleia.
Desde que tomei posse nesta Assembleia tenho sugerido,
defendido e reivindicado, por razões de conforto e segurança, a transferência
dos alunos da escola básica da Atouguia para as instalações do jardim infantil
do Vale da Xíxara, a meu ver, subaproveitadas. Congratulo-me que finalmente se
tenha tomado esta decisão para descanso dos pais e conforto das crianças. Agora
surge a questão o que é que alterou, qual foi a realidade que se alterou para
que só agora se tenha tomada esta decisão? Pecou por ser tarde, mas havendo bom
senso e vontade, vontade política, prova que não há impossibilidades. O ATL,
entretanto, também foi transferido para as instalações do Jardim infantil, o
que até aqui estava subaproveitado fico com a sensação que agora está
sobrelotado e condicionado. Para quando a devida ampliação deste
estabelecimento de ensino, de modo a adapta-lo à nova realidade?
Caminhos vicinais, agrícolas e florestais na sua grande
maioria não sofreram qualquer intervenção e poucos são os casos de intervenção
de sucesso. Buracos na estrada; chagas abertas no asfalto que com a vinda do
Inverno se tornarão cancros fatais para as nossas viaturas e irreparáveis danos
nas nossas carteiras. A rede viária está dotada ao abandono. Anseio, talvez,
por experiência do passado que serão intervencionadas lá para o ano de 2021!
Por uma questão de precaução, nunca as memórias sejam curtas e os votos
ingratos!
Em termos culturais e desportivos a nossa Freguesia
atravessa um desterro.
O legado deixado pelo Prof. Tavares Lopes e dos executivos
por ele presididos, permitia e permite margem de manobra para que este
executivo fosse criativo e ambicioso. No entanto, o que vejo é dificuldade,
falta de zelo e vontade em cumprir as tarefas primárias que estão incumbidas e
delegadas ao executivo desta autarquia.
Por último e não menos importante; o acesso às instalações
da sede da Junta de Freguesia está comprometido para os cidadãos com mobilidade
condicionada. A plataforma que permite o acesso ao piso superior deste edifício
está obsoleta e desajustada de modo a que os cidadãos que como eu utilizam
equipamento auxiliar para a locomoção e dispensando aqui os meus legítimos
direitos e, quase certo que, apenas o referido equipamento seja utilizado
unicamente por mim. De modo a ser mais útil e abrangente, o meu pedido é; que seja
colocado, construído um novo equipamento técnico, refiro-me em concreto a um
convencional elevador que, permitiria um acesso digno e em segurança
especialmente aos nossos idosos que pretendam recorrer aos serviços e
instalações da Junta de Freguesia. A escadaria é enorme e tenho observado como
penosamente a sobem e descem os nossos residentes fustigados pelo peso da idade
e as mazelas de uma vida. Este imprescindível equipamento para além de
valorizar o património da Freguesia, sem duvida dignificaria os serviços
prestados pela autarquia.
Carlos Silva
Eleito pelo MOVE - Movimento Independente
Freguesia de Atouguia
Eleito pelo MOVE - Movimento Independente
Freguesia de Atouguia
Sem comentários:
Enviar um comentário