28/09/2018
"Senhor
Presidente da Assembleia Municipal,
E porque ontem foi o dia do turismo, e olhando ao detalhe e para as assimetrias do nosso concelho, realçava, de facto, a dimensão que Fátima tem para todos nós, em particular Portugal e o Mundo em geral…
Caros
colegas desta Assembleia,
Senhor
Presidente da Câmara Municipal de Ourém,
Excelentíssimos
Vereadores,
Comunicação
Social,
Público
Presente,E porque ontem foi o dia do turismo, e olhando ao detalhe e para as assimetrias do nosso concelho, realçava, de facto, a dimensão que Fátima tem para todos nós, em particular Portugal e o Mundo em geral…
Conseguimos uma performance de
crescimento seja nos empregos, onde há uma nítida falta de mão-de-obra, em
todos os sectores, seja na sua influência directa a nível regional, com um raio
alargado, talvez superior a 100kms em seu redor, influenciando empresas e
sectores de actividade de todas as espécies, assim como de todas as vertentes.
Temos tido a virtude de conseguir
aumentar a população residente, facto que contraria outras freguesias ditas
importantes deste concelho!
Possuímos uma das atracções turísticas
nacionais mais dinâmicas, e somos responsáveis por mais de 20% das dormidas e
consequentes actividades económicas da região centro…
Ora, no entanto, nota-se uma ausência
de qualquer estratégia de turismo, por parte dos executivos camarários que têm
passado pelo concelho, ficando-se por umas geminações de caracter subjectivo,
assim como os seus resultados práticos, muitas vezes questionáveis, ou então,
com umas missões, muitas delas desacompanhadas de quem lida na área de negócio,
sem qualquer relatório das virtudes ou objectivos de facto definidos a médio ou
longo prazo!
No entanto, ao longo dos tempos, a
divulgação da imagem de Fátima, com os resultados comerciais claramente
visíveis, tem estado entregue aos empresários fatimenses, com a sua dinâmica
deveras invulgar, sentido comercial apurado e incansáveis, com todos os custos
inerentes, sejam financeiros, sejam pessoais ou familiares, sejam eles agentes
ou hoteleiros…
Mas, adicionaria o especial destaque,
nesta época da internet, para demonstrar esta ausência de estratégia,
reflectida na inexistência de um site oficial de turismo do concelho, gestão de
redes sociais e promoção efectivamente profissional para que quem quer que
seja, onde quer que seja, consiga facilmente aceder a um nível de informação
superior, completo e intuitivo, bem como o novo logotipo municipal, assumido
por este executivo, onde oculta integralmente o aspecto religioso deste
concelho!
Somando a isto, convido-vos a visitar
o posto de turismo de Fátima, de facto fácil de encontrar quando não está
tapado por autocarros estacionados, e a olharem com atenção para um cubo de
gosto duvidoso, exposto no seu exterior, e para a informação que lá consta, e
as imagens que o decora… Será uma surpresa! Triste, lamentavelmente!
No entanto, apesar disto, ontem fomos
brindados pelo Sr. Presidente da Câmara com a informação de que no próximo ano
seriamos contemplados com uma taxa turística, para reforçar o que quer que
seja, pois todos sabemos, com base no histórico do desempenho das benfeitorias
camarárias em Fátima, se qualquer coisa for feita será “in extremis”…
A título de exemplo, na Cova da Iria,
Fátima “velha” ou Aljustrel, não há uma casa de banho pública, efectivamente pública!
Fátima, que só no ano passado,
atípico, sim, mas recebeu mais de 9,4 milhões de pessoas, segundo os dados do
Santuário, tendo uma média anual normal, superior a 5 milhões de visitantes…
Ora, esta taxa, apresentada a frio, sem qualquer discussão, talvez com um
pensamento de que nos outros lados tem corrido bem, aqui também correrá e pelos
valores apresentados, reforça claramente a ideia da ausência de conhecimento no
terreno, das dificuldades que os hoteleiros têm em aplicar preços que lhes
compensem de facto a operação; mostra um claro desconhecimento que os invernos
ainda são compridos, onde, para haver ocupação, essa mesma se baseia num preço
muito atractivo face a outros locais, que justifica a deslocação de autocarro…
Para que tenhamos uma ideia mais
concreta do que falamos, no famoso ano de 2017, o do centenário, onde se fazem
referência aos milhares de noites vendidas, aos milhões de visitantes, às
ocupações hoteleiras fantásticas, pois, fantásticas… mas o resultado final
fica-se por uma ocupação média de 40%/ano!
Atrasando um ano, para 2016, o ano da
expectativa, 30%, e, para este ano, contrariando as expectativas mais
positivistas, talvez uma quebra de 20/25%, mas, face a 2016….
Será que Fátima, sem praia, sem
estacionamentos, sem serviços públicos complementares, sem ligações condignas
entre os pontos importantes da sua história, com acessos vergonhosos, seja para
os residentes, visitantes, e, talvez mais ainda, para qualquer governante!
Filipe Mendes
MOVE - Movimento Independente
Sem comentários:
Enviar um comentário