O texto que se segue foi publicado na Edição de 22 de Agosto de 2014 do Jornal Notícias de Ourém, o qual constitui a sequência de textos que irão sendo ali publicados e aqui transcritos na íntegra.
"Coluna do Meio
Dos Votos de Louvor
1. Tenho lido e ouvido
um certo desdém de algumas pessoas em relação aos alegadamente “numerosos” Votos
de Louvor e de Reconhecimento já apresentados pelo vereador independente do
MOVE na Câmara Municipal de Ourém, no corrente mandato autárquico de 2013-2017,
o que não deixa de me causar alguma perplexidade, tanto mais que algumas dessas
pessoas também os têm apresentado, o que, diga-se em abono da verdade, é uma
atitude nobre que todos devemos louvar! De facto, um Voto de Louvor não é mais
que um elogio, uma declaração – geralmente por escrito – para afirmar que
alguém é digno desse mesmo elogio. Quando Vítor Frazão, eu ou qualquer um dos
estimados leitores se predispõe a louvar uma pessoa ou uma instituição pelo
trabalho que desenvolveu em prol de uma causa que se considera relevante, única
e altruísta, esse gesto, para além de ter um certo valor pedagógico, enaltece ainda
quem dele é destinatário, e constitui um sinal claro e inequívoco de respeito e
reconhecimento. O que manifestamente não compreendo, é o tal desdém evidenciado
à tripa forra por uma certa casta maledicente, que não se envergonha de
desvalorizar nos outros aquilo que cobiça para si mesmo. Aliás, não é por acaso
que falo em desdém, pela simples razão de que o adágio popular ainda se mantém
perfeitamente actual: “quem desdenha quer [mesmo] comprar”. Pela minha parte,
já aqui o escrevi e volto a escrever, não tenho pejo absolutamente nenhum em
apoiar qualquer proposta (neste caso, qualquer Voto de Louvor ou de
Reconhecimento), seja da direita ou da esquerda, do PS, do PSD, do CDS ou da
CDU, ou até mesmo do MIRN, contanto que seja oportuno e a todos os títulos
justo e merecido. O que não sou nem nunca serei é hipócrita e cínico ao ponto
de criticar nos outros aquilo que quero para mim. E que bom seria se todos
fôssemos assim…
2. A talhe de foice, e
porque estamos a falar em Votos de Louvor e de Reconhecimento, o espaço desta
“Coluna do Meio” serve também para enaltecer (por exemplo) o trabalho meritório
e prestigiante dos nossos bombeiros, muitos dos quais ainda na flor da idade,
mas cheios de ambição e com muita garra. E lembrar aqui os recentes episódios
que envolveram duas parturientes do nosso concelho, as quais contaram com a
preparação, o empenho desvelado e o espírito de missão destes jovens Soldados
da Paz, para colocar neste mundo os “frutos do seu amor”. Estes acontecimentos
únicos e marcantes foram-me, de resto, contados há dias na primeira pessoa pelo
Rui Costa Pereira, dos Bombeiros de Fátima, que teve a amabilidade de partilhar
comigo a sua experiência e de como isso o marcou de forma indelével e para toda
a vida. Aqui fica, pois, o devido elogio e a sincera e singela homenagem a
estes jovens e destemidos bombeiros.
3. E outro tanto se
faça em relação aos feitos alcançados este ano pelo Clube Atlético Ouriense, em
especial o seu futebol feminino, que alcançou agora um novo feito ao garantir o
apuramento para os dezasseis avos de final da Liga dos Campeões. E por que não
acrescentar ainda uma palavra de estímulo e de gratidão aos nossos emigrantes,
que este ano regressaram em maior número que no ano passado e têm enchido os
mercados, as feiras e as festas que se vão sucedendo por todo o concelho.
4. Em jeito de conclusão,
vale a pena pois perguntar: teria estado eu aqui a desfilar um rol de elogios
baratos e frouxos, sem qualquer significado e apenas para ficar bem na
fotografia? Vítor Frazão, ao já ter apresentado os tais alegadamente
“numerosos” Votos de Louvor e de Reconhecimento, estaria – também ele – imbuído
do mesmo espírito, ou seja, a debitar elogios só para oureense ver e esvaziados
de qualquer conteúdo? A quantidade é sinónimo de menos qualidade? E é parente
da hipocrisia? Por amor de Deus, poupem-me…".
O texto que se segue foi publicado na Edição de 15 de Agosto de 2014 do Jornal Notícias de Ourém, o qual constitui a sequência de textos que irão sendo ali publicados e aqui transcritos na íntegra.
"Coluna do Meio
Meu querido Agosto
Deixemos de lado por
instantes a política, e embrenhemo-nos neste nosso querido mês de Agosto, um
mês que me é particularmente caro, ou não tivesse nascido a 12 e ser o mês de
férias por excelência, pelo menos para aqueles que ainda se podem dar ao luxo
de as gozar.
Num registo um pouco
diferente do habitual, e sem qualquer pretensão ou falta de modéstia, quero
partilhar hoje convosco a minha incursão de há uns dias a terras de Hammamet,
uma estância turística tunisina, situada na costa, a meio caminho entre Tunis (a
capital) e Sousse. Tratou-se, na verdade, de um regresso, pois já havia estado
na Tunísia há oito anos, embora na região de Nabeul, a estância turística a
norte de Hammamet. Ficou, por isso, o desejo de conhecer esta região, o que
acabou afinal por acontecer este ano.
Para quem gosta de
praia (como é o meu caso), a região envolvente de Hammamet oferece algumas das
melhores praias da Tunísia. E mesmo apesar de ser a zona balnear mais
procurada, Hammamet continua a preservar o seu aspecto intemporal, não só devido
à boa conservação da sua medina, situada junto à baía, mas também pelo facto de
a maioria dos hotéis terem sido instalados à beira-mar, embora afastados do
centro histórico.
O turista reconhece
facilmente que existem duas zonas turísticas principais em Hammamet: uma, a
mais antiga, no norte, entre Hammamet e Nabeul, com uma grande quantidade de
hotéis, restaurantes, bares, é a zona mais movimentada; a outra, a mais
recente, no sul, que recebeu o nome de Yasmine Hammamet, é onde se encontra a maioria
dos hotéis de quatro e cinco estrelas e está localizada a maior marina
tunisina.
Quanto há oferta
hoteleira propriamente dita, não digo que não existem bons hotéis com óptimas
condições e uma excelente relação preço-qualidade, mas há que deixar um alerta em
relação ao facto de um hotel de cinco estrelas (tomando por base os padrões
europeus, ou se quisermos ocidentais) poder muito facilmente baixar para quatro
estrelas. O Hotel Vincci Taj Sultan,
em Hammamet, é disso exemplo, ainda que predomine o conforto e se sintam os pormenores
arquitectónicos do edifício, como que a fazer jus a uma ostentação rica das
arábias. Quanto aos quartos, são bem arejados, amplos e com uma decoração
satisfatória, prática e funcional. Limpeza diária organizada, com reposição
frequente de toalhas e produtos de higiene pessoal na casa de banho. A
"privada", foi posta numa divisão à parte, o que apreciei
particularmente. O facto de este hotel se encontrar na primeira linha da praia,
torna a rotina diária de veraneio muito mais facilitada para quem aqui se hospeda.
Já a comida, aconselho vivamente o turista a optar pelo regime da meia pensão,
pois assim consegue evitar o "cansaço" que advém do facto de o buffet
se tornar algo repetitivo com o passar dos dias, o que se agrava quando se tem
algumas restrições no paladar ou não se aprecia de todo cominhos! A vantagem, é
que o hotel encontra-se a uma curta distância de bares, restaurantes e de uma
diversidade de opções gastronómicas, para além dos locais de maior interesse da
zona. Outra característica positiva, é que um casal consegue fazer uma refeição
média por apenas 10 euros, isto porque 1 euro ronda cerca de 2,291 dinares (a
moeda nacional tunisina). Já em relação aos locais de maior interesse, é
obrigatória uma visita à medina, com as suas ruas estreitas e coloridas, onde
aí pode encontrar tudo o que possa imaginar de artesanato e produtos locais,
para além de incontáveis restaurantes e animação para todos os gostos e idades.
Por que razão opto por passar oito dias por ano no
estrangeiro? Porque, infelizmente, não consigo usufruir de tudo o que me
oferecem lá fora pelo mesmo preço se fizer férias em Portugal".
O texto que se segue foi publicado na Edição de 8 de Agosto de 2014 do Jornal Notícias de Ourém, o qual constitui a sequência de textos que irão sendo ali publicados e aqui transcritos na íntegra.
"Coluna do Meio
Actividade política 4
Deixo-vos hoje com dois
documentos apresentados por Vítor Frazão na Câmara Municipal, na reunião da
passada terça-feira, dia 5 de Agosto:
1. Recomendação. Vítor
Frazão teve conhecimento, através deste mesmo jornal, de um “Esclarecimento aos
Munícipes” da responsabilidade da Câmara Municipal de Ourém, facto que, tendo
em conta que o assunto versava uma matéria do foro jurídico e que se prende com
o Santuário de Fátima, o levou a imaginar que o referido esclarecimento fosse
também publicado no jornal “Notícias de Fátima”. Como tal não aconteceu, Vítor
Frazão perguntou ao Senhor Presidente da autarquia, na reunião da Câmara do
passado dia 1 de Julho, se o “Esclarecimento aos Munícipes” ainda iria ali ser
publicado, ao que o Senhor Presidente respondeu que o texto em apreço tinha
sido enviado, simultaneamente, para os dois jornais, adiantando ainda que no
jornal “Notícias de Fátima” não iria sair. Este facto, levou Vítor Frazão a
tomar a iniciativa de propor que o dito esclarecimento fosse divulgado em
Fátima através de infomail. Refira-se, no entanto, que Vítor Frazão não é
responsável pela decisão da publicação do texto em causa, nem muito menos pela
sua elaboração e concepção. Mas, ao apresentar aquela proposta, Vítor Frazão
fê-lo não só porque tem a firme convicção de que aquele esclarecimento –
proveniente da Câmara Municipal – correspondia a uma síntese objectiva, isenta
e cronológica de todo este processo, como também porque, em seu entender, os
munícipes merecem andar informados. Neste sentido, Vítor Frazão defende que a
Câmara Municipal de Ourém e bem assim todas as restantes entidades oureenses,
são, todas elas, merecedoras de respeito, ainda que o Santuário de Fátima seja
merecedor de um tratamento diferenciado, pelas razões que todos conhecemos, mas
também por ser o maior Santuário Mariano e o ex libris de Ourém em Portugal e
no mundo. Entretanto, sabemos que se aproximam dois eventos de importância
decisiva para o município de Ourém: a comemoração do Centenário das Aparições
de Nossa senhora de Fátima, por um lado, e as verbas comunitárias do novo ciclo
de apoios para o período 2014-2020, por outro lado. Sem querer imiscuir-se na
esfera de competências da Câmara Municipal, nem sequer do Santuário, Vítor
Frazão entende que, nesta fase, mais do que andarmos de costas voltadas, urge
que todos estejam unidos no relacionamento pessoal e institucional, com o
objectivo de capitalizar aqueles dois eventos nos domínios religioso, estratégico
e financeiro, e pô-los ao serviço de todos os oureenses. Por esta razão, Vítor
Frazão apresentou duas recomendações: primeiro, que a Câmara agende uma
reunião, com carácter de urgência, com a Reitoria do Santuário para
esclarecimento desta e outras situações, e para coordenação de acções futuras;
a segunda, que a Câmara, também com carácter de urgência, promova dois
colóquios, abertos a todos os cidadãos, um a realizar em Fátima sob o tema «O
que se pretende de Fátima nos próximos anos?», e o outro a realizar em Ourém
(por exemplo no cinema) sobre «Que município de Ourém auguramos no futuro?».
2. Esclarecimento.
Ainda sobre a insolvência pessoal do Senhor Presidente da Câmara Municipal decretada
pelo Tribunal de Ourém no passado dia 21 de Julho, Vítor Frazão esclareceu que
só se pronunciará definitivamente sobre o assunto após se conhecer a sentença
final deste processo, e que é preciso deixar as instâncias judiciais funcionar.
Esclareceu ainda que só equacionará a continuidade do “compromisso de
governabilidade firmado estre o PS e o MOVE” após tomar conhecimento daquela
sentença final, e o mesmo se diga em relação a outras questões judiciais
relacionadas com vereadores do actual elenco camarário, cujas acções ainda
decorrem no foro judicial".
O texto que se segue foi publicado na Edição de 25 de Julho de 2014 do Jornal Notícias de Ourém, o qual constitui a sequência de textos que irão sendo ali publicados e aqui transcritos na íntegra.
"Coluna do Meio
Actividade política 3
Na senda do que tem
sido a actividade política do MOVE, vale a pena recordar hoje uma declaração de
voto apresentada pelo vereador Vítor Frazão em relação a uma proposta da actual
maioria levada à reunião da Câmara Municipal do passado dia 17 de Junho, e que
tem a ver com uma alteração da estrutura orgânica da Câmara Municipal por via da
criação de uma nova divisão, em concreto uma Divisão de Atendimento ao Público.
Na verdade, refira-se
que Vítor Frazão votou contra esta proposta (independentemente de entender o
espírito que presidiu à ideia dos proponentes), e fê-lo com base num
pressuposto fundamental que não podemos ignorar: a crise económica do país
continua a apelar à contenção nas despesas!
Em alternativa à
proposta apresentada, Vítor Frazão contrapôs duas soluções possíveis: a
primeira hipótese, é recolocar aqueles serviços noutras unidades orgânicas, com
as quais haja proximidade funcional, e já existentes na estrutura funcional da
Câmara, optimizando também os Coordenadores Técnicos das secções. Deste modo, a
Secção de Recepção passaria a estar adstrita ao Senhor Presidente da Câmara,
possibilitando-o aferir em tempo real o pulsar da funcionalidade dos serviços
da Câmara, a Secção de Taxas e Licenças adstrita à Divisão de Gestão
Financeira, a Secção de Fiscalização à Divisão de Gestão Urbanística e a Secção
de Contencioso ao Departamento de Administração e Planeamento.
A segunda hipótese, é a
criação de um Gabinete de Atendimento ao Público (GAP), recorrendo a pessoal já
existente nos quadros da Câmara.
Refira-se ainda – e
nunca é demais lembrar – que os pressupostos que fundamentam a tomada de
posição de Vítor Frazão não podem deixar de reflectir a crise económica do
país. Por essa razão, optando-se por uma daquelas alternativas, estar-se-ia a
poupar o vencimento de mais um Chefe de Divisão, cujas economias poderão,
assim, ser canalizadas para outros fins.
Por outro lado, a
criação de um Gabinete em vez de uma Divisão, permitiria anular a despesa com
pessoal, já que este seria recrutado do quadro orgânico da Câmara, o que
acabaria por constituir até um estímulo para os próprios.
Já para não falar que
se evitaria o alargamento da estrutura orgânica dos serviços da Câmara, já com
um Departamento e 10 Divisões.
Não menos importante,
os serviços a aglutinar na Divisão a criar, agilizar-se-ão com coerência
funcional em qualquer uma daquelas duas alternativas.
Fica aqui mais este
registo da actividade política que o MOVE vem desenvolvendo, sinal de que o
caminho se faz caminhando. Daqui resulta também que o MOVE continua a ser fiel
aos seus princípios. Ao votar contra aquela proposta, Vítor Frazão fê-lo à luz
dos superiores interesses dos munícipes. Já o fez no passado, e continuará a
fazê-lo no futuro".