domingo, novembro 03, 2013

Responsabilidade

O texto que se segue foi publicado na Edição de 1 de Novembro de 2013 do Jornal Notícias de Ourém, o qual constitui a sequência de textos que irão sendo ali publicados e aqui transcritos na íntegra.


"Coluna do Meio
Responsabilidade
Muito se tem escrito na imprensa, no facebook e nos blogues sobre as recentes eleições autárquicas, sobre as tomadas de posse que naturalmente se lhe seguiram, sobre os seus protagonistas e sobre o exercício que os mesmos fazem das funções para que foram agora empossados. Certo é que, mais do que ataques e críticas – as mais das vezes feitas por pessoas que não sabem ou não quiseram inteirar-se, antes de falarem ou escreverem, das razões do sucedido deste ou daquele facto –, o que os oureenses desejam verdadeiramente é o cumprimento responsável das tarefas autárquicas por parte de quem foi eleito e empossado.
É bem sabido que as críticas dirigidas à nascença a um qualquer projecto político desvirtuam a correlação de forças positivas que deve existir entre, por um lado, os desejos e as vontades dos eleitores e, por outro lado, a assunção das responsabilidades por parte dos eleitos. Ora, ainda bem que existem eleitos, e são muitos, que não só respeitam e coabitam com a pluralidade de opiniões, como também não se deixam amedrontar nem se esquivam à defesa da “Causa Pública”. É neste “jogo democrático” que os eleitos pelo MOVE – Movimento Ourém Vivo e Empreendedor se movem, quer seja na Câmara, na Assembleia Municipal, Juntas ou Assembleias de Freguesia.
A comprová-lo está, por exemplo, a palavra de disponibilidade autárquica deixada por Vítor Frazão na reunião de Câmara do passado dia 22 de Outubro, dirigida a todos os eleitos e também aos que compõem o novo elenco camarário, no sentido de com eles colaborar num espírito aberto e democrático. Tanto assim é que não é pelo facto de o MOVE ter celebrado um compromisso de governabilidade com o Partido Socialista, que vai obrigar os eleitos do MOVE a render vassalagem ou a cumprir qualquer dever de obediência ante aquele. E também nunca retirará ao MOVE o direito de divergir, contestar ou contrapor seja o que for.
Mas, a comprovar este espírito de colaboração e responsabilidade por parte dos eleitos do MOVE, há ainda o requerimento formulado por Vítor Frazão na reunião citada há pouco, no qual se pode ler: “em face das notícias vindas a lume sobre a vinda à Câmara Municipal de uma equipa da Polícia Judiciária, solicito ao Exmo. Senhor Presidente que nos faça o ponto da situação, já que são difusas as notícias que circulam na Comunicação Social”. Diria mais: recomendou, por exemplo, que se evite a inclusão de assuntos não agendados para as reuniões, sob pena de o MOVE não aceitar a sua discussão; ou a recomendação de se começar a dar, desde já, sinais de poupança na Câmara Municipal, nomeadamente nas saídas ao estrangeiro. Finalmente, na referida reunião de Câmara, Vítor Frazão decidiu que não votaria as questões que se prendiam com as obras no estádio municipal de Fátima, no IC9 e, também, com a Fátiparques, caso não lhe fossem prestados os esclarecimentos necessários. Decidiu ainda que deveriam ser ouvidas as forças vivas de Fátima, por forma a tomar-se uma decisão consentânea e não divisionista, no que toca à localização do novo Posto de Turismo de Fátima. Ainda teceu um louvor à organização da final do campeonato Europeu de Enduro das Nações disputada em Ourém.
Tempo ainda para uma última referência a outra posição do MOVE que comprova a sua não subserviência ao Partido Socialista, mas antes reflecte a sua faceta independente, colaboracionista e responsável: é sobre a extinção do chamado “Pelouro de Fátima”. No entender do MOVE e de Vítor Frazão, os vereadores da Câmara Municipal devem exercer as suas funções autárquicas ao nível de todo o concelho. Não obstante, defende-se a continuidade deste pelouro, embora não adstrito a um vereador em exclusividade, o qual teria ainda a seu cargo outros pelouros de âmbito municipal, para além do próprio acompanhamento das necessidades da freguesia de Fátima, de entre as quais, por exemplo, a urgência da constituição de uma comissão que programe e coordene as Celebrações do Centenário das Aparições e a vinda de Sua Santidade o Papa, em 2017".

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