quinta-feira, maio 09, 2013

Palhaço rico

As declarações proferidas hoje pelo presidente do Banco BPI, ao considerar "uma boa notícia a possibilidade dos depósitos acima dos 100 mil euros poderem ser chamados a contribuir para a reestruturação e resolução de problemas de bancos", vêm adensar ainda mais a repulsa dos portugueses em relação a esta miserável pessoa.
Na Alemanha, por exemplo, os depósitos bancários constituem uma espécie de "direito de propriedade" dos depositantes, em relação aos quais os bancos não podem nem ousam sequer tocar. Simplesmente porque esse dinheiro não lhes pertence (aos bancos, leia-se).
Por cá, ainda vamos tendo palhaços ricos, como Fernando Ulrich, que, a cada minuto da sua estonteante estupidez, vai largando para a praça pública dislates como aqueles a que hoje, mais uma vez, podemos assistir.
Ora, se já não bastava termos o Estado a roubar-nos a torto e a direito pela incapacidade e irresponsabilidade de certos dirigentes políticos em gerir o país, vêm agora também os bancos querer dar mais uma machadada nas economias dos portugueses, como se fosse a coisa mais natural do mundo serem as pessoas, o povo, a pagar uma vez mais pela incapacidade e irresponsabilidade de certos banqueiros usurários e corruptos.
Vão perguntar, por exemplo, aos accionistas de uma qualquer Sociedade Anónima deste triste país a quem é que eles pedem contas quando os resultados financeiros da empresa não vão ao encontro das suas expectativas, e logo verão a resposta.
Se a banca não soube gerir os seus negócios ou não teve uma gestão limpa e competente, se fez investimentos "tóxicos" ou andou a brincar com o dinheiro dos seus depositantes, que se apurem então responsabilidades e os prevaricadores sejam obrigados a chegar-se à frente.
É que de boas vontades está o inferno cheio, mas também de paternalismos bacocos e de gente pseudo-iluminada. 

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